25/09/2012

Estudo diz que formigas resolvem melhor os problemas coletivamente


Cientistas da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, concluíram em um estudo que as formigas decidem melhor coletivamente como lidar com problemas complicados, como a escolha da colônia. O comportamento é uma estratégia para lidar com o excesso de informações e opções, aponta a pesquisa, publicada no periódico "Current Biology".
Se as formigas agem sozinhas, fazem escolhas ruins, aponta a pesquisa. Para avaliar a capacidade de decisão delas, os cientistas criaram formigueiros artificiais com diferentes características, como tamanho e iluminação (escuros ou claros). Primeiro foram feitos testes somente com indivíduos e depois com o grupo todo de insetos.
Formigas usadas em teste agrupam-se na entrada da colônia (Foto: Divulgação/Universidade Estadual do Arizona)Formigas usadas em teste agrupam-se na entrada da colônia (Foto: Divulgação/Universidade Estadual do Arizona)
As formigas eram submetidas a dois testes: primeiro tinham que escolher entre duas opções de formigueiros e depois entre oito opções. Em ambos os casos, metade dos locais era inabitável e seriam péssimas escolhas, de acordo com a pesquisa.
A primeira constatação foi que os insetos escolhiam o formigueiro geralmente com base na entrada, no espaço interno e na escuridão. Formigas submetidas a testes individuais optavam geralmente por locais inabitáveis, decisões muito piores do que tomadas coletivamente, afirma o estudo.
Outra questão é que, quando a escolha dependia só de um indivíduo, ele se saía pior tendo oito opções de formigueiro do que tendo só duas, o que indica que o excesso de informação prejudica estes animais e os deixa "perdidos" - efeito chamado de "sobrecarga cognitiva" pelos cientistas da universidade.
Colônias inteiras, por outro lado, escolhiam formigueiros habitáveis tendo duas ou oito opções. Isso demonstra que estes insetos lidam melhor com problemas difíceis se agem coletivamente, segundo os cientistas. As formigas estudadas são da espécie Temnothorax rugatulus, comuns em certas regiões dos EUA.
Para o autor do estudo, o professor Stephen Pratt, o interesse na pesquisa está em entender como a sobrecarga de informações prejudica também os seres humanos. Ser "bombardeado" por dados "pode prejudicar a saúde e a eficária das decisões que tomamos", disse o cientista ao site da Universidade Estadual do Arizona.
G1

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