26/09/2012

Papa pede «primado absoluto» de Deus


D.R.

Cidade do Vaticano, 26 set 2012 (Ecclesia) – Bento XVI sublinhou hoje no Vaticano a centralidade da Liturgia na vida da Igreja para que as comunidades católicas possam manifestar à sociedade o “primado absoluto de Deus”.
“O critério fundamental para a Liturgia é a sua orientação para Deus, que nos faz participar na sua obra, cujo cume é o mistério da morte e da ressurreição de Cristo”, disse na audiência pública desta semana, que decorreu na Praça de São Pedro dois meses depois destes encontros terem sido retomados em Castel Gandolfo, arredores de Roma.
O Papa recordou que o Concílio Vaticano II (1962-1965) começou os seus trabalhos pelas questões litúrgicas e dedicou o seu primeiro documento a esta matéria.
“Entre tantos projetos, o texto sobre a sagrada Liturgia pareceu ser o menos controverso e, precisamente por isso, capaz de constituir uma espécie de exercício para aprender a metodologia do trabalho conciliar, mas sem dúvida que aquilo que à primeira vista poderia parecer um acaso mostrou ser a escolha mais acertada”, recordou.
Audiência geral de Bento XVI em 26-09-2012, no Vaticano: saudação em português
Segundo Bento XVI, cada celebração litúrgica é “lugar privilegiado de encontro com o Senhor” e deve ser caraterizada pela “harmonia” entre o que as pessoas dizem e o que trazem “no coração”.
Em português, o Papa aludiu ao mais recente ciclo de catequeses sobre o tema de oração, inspirado “nalgumas grandes figuras, especialmente no exemplo de Jesus”.
“Um âmbito privilegiado, onde Deus fala a cada um de nós e espera a nossa resposta é a liturgia. Nesta, o povo fiel toma parte na obra de Deus, isto é nas ações por Ele realizadas na história humana que nos trazem a salvação”, explicou.
Bento XVI defendeu que a liturgia é “o ‘espaço’ onde o mistério da morte e ressurreição se torna atual”, através da ação de Cristo na Igreja.
“Tende por centro da vossa vida de oração a liturgia, que vos une ao mistério de Cristo e ao seu diálogo com o Pai, procurando que concordem as palavras de vossos lábios com os sentimentos do coração”, pediu o Papa aos peregrinos de língua portuguesa presentes no Vaticano.
OC

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