30/10/2012

Igreja tem de renovar-se face à secularização


Bento XVI confiante no sucesso da nova evangelização junto de populações que deixaram de estar ligadas à mensagem cristã

Centro Televisivo do Vaticano
Cidade do Vaticano, 28 out 2012 (Ecclesia) – Bento XVI afirmou hoje no Vaticano que a Igreja Católica tem de renovar-se e enfrentar secularização progressiva das sociedades para responder às expectativas das pessoas.
“Emergiu [no Sínodo] a exigência de um anúncio renovado do Evangelho nas sociedades secularizadas”, disse o Papa, na recitação da oração do Angelus, na Praça de São Pedro, após a missa conclusiva do Sínodo dos Bispos de 2012.
Segundo Bento XVI, as três semanas de trabalhos com mais de 260 prelados dos cinco continentes sobre o tema da ‘nova evangelização’ deixaram claro que a mensagem cristã “tem de ser transmitida de forma adequada nos contextos sociais e culturais em mutação”.
“Podemos dizer que deste Sínodo sai reforçado o compromisso pela renovação espiritual da própria Igreja, para poder renovar espiritualmente o mundo secularizado”, prosseguiu.
A 13ª assembleia geral ordinária do Sínodo, organismo consultivo criado por Paulo VI em 1965, teve como tema ‘A nova evangelização para a transmissão da fé cristã’ e decorreu desde o dia 7 deste mês, no Vaticano.
O Papa sublinhou que “toda a Igreja estava representada e, portanto, envolvida neste compromisso, que não deixará de dar os seus frutos”.
“Desejo, juntamente convosco, agradecer a Deus que mais uma vez nos fez experimentar a beleza de ser Igreja e de o ser precisamente hoje, neste mundo tal como é, no meio desta humanidade com as suas fadigas e as suas esperanças”, declarou.
Bento XVI considerou “muito significativa” a coincidência desta assembleia sinodal com o 50.º aniversário da abertura do II Concílio do Vaticano (1962-1965) e com o Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013) convocado pelo Papa para assinalar esta data.
“A nova evangelização não é uma invenção nossa, mas um dinamismo que se desenvolveu na Igreja, de modo particular nos anos 50 do século passado, quando pareceu evidente que também os países de antiga tradição cristã se tinham tornado, como se costuma dizer, terra de missão”, precisou.
No final da oração, o Papa deixou uma série de saudações em várias línguas, incluindo em português: “Ao concluir a Sínodo sobre a nova evangelização, confio à Virgem Santíssima os seus frutos e peço-Lhe que guie e proteja maternalmente os vossos passos ao serviço do anúncio e testemunho da Boa Nova de Jesus Cristo”.
O Sínodo de 2012 reuniu mais de 260 participantes, um número recorde no qual se incluíam D. Manuel Clemente, bispo do Porto, e D. António Couto, bispo de Lamego, em representação da Conferência Episcopal Portuguesa.
OC

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