03/11/2012

Contrapor a «ética da solidariedade» ao «egoísmo avarento»


Alertou presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’ Oliveira Martins, na conferência «Portugal: O país que queremos ser» promovida pela Comissão Nacional Justiça e Paz.

Ricardo Perna/Familia Cristã | Intervenção de Guilherme d´Oliveira Martins
Lisboa, 03 nov 2012 (Ecclesia) – O presidente do Tribunal de Contas considerou, esta manhã, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que “há um conjunto vasto de riquezas” que “escapa à justa tributação”.
Guilherme d’ Oliveira Martins - falava na conferência «Portugal: O país que queremos ser» promovida pela Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) - referiu que ao “não se cumprirem os deveres fundamentais da solidariedade no que toca à repartição de recursos, conduz a uma situação dramática”.
A Doutrina Social da Igreja (DSI) ganhou “uma atualidade mais premente”, frisou o presidente do Tribunal de Contas e acrescentou: “O governo da globalização deve ser de tipo subsidiário articulado a vários níveis e que colaborem reciprocamente”.
A “ética da solidariedade” tem de se contrapor “ao egoísmo avarento” apelou Guilherme d’ Oliveira Martins.
Ao fazer referência ao documento do Conselho Pontifício Justiça e Paz, organismo da Santa Sé, intitulado «Para uma reforma do sistema financeiro e monetário na perspetiva de uma autoridade pública de competência universal», o presidente do Tribunal de Contas referiu que é fundamental alterar o rumo dos acontecimentos porque, “se nada se fizer” corre-se o risco dos “egoísmos nacionais e regionais, a corrupção mundial, a clandestinidade dos mercados” prevalecerem.
A conferência anual da CNJP vai ter também como conferencista o constitucionalista José Gomes Canotilho que falará sobre «O papel do Estado na realização do bem comum» e uma intervenção do ex-presidente da República Portuguesa, António Ramalho Eanes, sobre «A sociedade civil nas sociedades democráticas contemporâneas».
No encerramento estará D. José Policarpo, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e Alfredo Bruto da Costa, presidente da CNJP.
A CNJP, organismo laical da Conferência Episcopal Portuguesa, foi criada com a finalidade genérica de “promover e defender a Justiça e a Paz, à luz do Evangelho e da doutrina social da Igreja”.
LFS

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