10/12/2012

Árvore aromática que espalhou o perfume de Deus


FÁTIMA
Última homenagem
Texto Redação | Foto DR | 09/12/2012 | 18:04
Família da Consolata despediu-se este domingo, 9 de dezembro, do padre Manuel Carreira, o primeiro missionário da congregação português. Na missa de corpo presente, foi destacada a intensidade com que o sacerdote viveu a missão
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Uma árvore aromática que espalhava o perfume de Deus, que se transformava na sombra acolhedora da Palavra do Evangelho, que emanava luz em qualquer encontro, através do sorriso rasgado e sincero, através dos expressivos olhos azul-turquesa, sinais da transparência e tranquilidade com que sempre viveu a missão. Era assim o padre Manuel Carreira. Simples no trato, mas intenso nas palavras. 

Este domingo, centenas de pessoas reuniram-se na capela do Seminário dos Missionários da Consolata, em Fátima, para lhe prestarem a última homenagem. Na missa de corpo presente, presidida por Augusto César, bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco, o Superior Provincial da Consolata em Portugal, destacou a forma enérgica com que Manuel Carreira sempre viveu a vocação missionária e a transmitiu a todos os que com ele contactaram. 

«A Palavra de Deus fez-se no testemunho que o padre Manuel Carreira nos deu ao longo da vida», afirmou António Fernandes, sublinhando o quanto o primeiro missionário da Consolata português «amou a Igreja, o Instituto, o fundador [beato José Allamano] e amou a missão». «Ele ajudou a pôr a missão no centro do nosso coração», disse o sacerdote. 

Nas palavras de despedida, o padre Jaime Marques, companheiro de seminário de Manuel Carreira, recordou o dia em que se conheceram - 3 de outubro de 1944 –, o primeiro do resto de uma forte amizade. Com a voz embargada, recorreu às palavras de um escritor para sintetizar o que, seguramente, todos os presentes gostariam de verbalizar: «Não há terra capaz de apagar a memória de um amigo. Vais para a terra mas permaneces no nosso coração». 

Manuel Carreira Júnior nasceu na Caranguejeira, Leiria, a 5 de janeiro de 1925. Foi ordenado sacerdote em junho de 1954, em Turim, Itália. Esteve em missão em Vila Cabral, Niassa, Moçambique, passou por Campolide, Lisboa, Águas Santas (Maia), Cacém (Sintra), Figueira da Foz e Fátima. Desde 1991 integrava a redação da revista FÁTIMA MISSIONÁRIA. Faleceu dia 7 de dezembro. O corpo foi sepultado este domingo junto ao jazigo dos missionários da Consolata, em Fátima.

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