31/07/2012

Homilia - Pe. Brendan Coleman Mc Donald


 

A partícula de Deus e nós

Marcelo Barros*

Deu nos jornais: os cientistas descobriram e isolaram "a partícula de Deus”. Muita gente se pergunta se se trata de alguma prova concreta da existência do Espírito Divino. Outros, com mais malícia, desconfiam que a ciência tenha conseguido captar Deus em seus laboratórios e os segredos divinos são agora posse da ciência. De fato, físicos da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), centro internacional de física na Suíça, anunciaram a descoberta do bóson de Higgs, partícula subatômica que eles procuravam há décadas e agora parecem ter encontrado. Chama-se de Higgs, em homenagem a Peter Higgs que, em 1964, tinha vislumbrado a sua existência e posto a ciência à sua busca. Tantos anos depois, no acelerador de partículas do CERN, a maior máquina já criada na história da humanidade, ao provocar trilhões de colisões de prótons em uma velocidade espantosa, os programas de computador analisam as partículas que se desintegram da massa. Assim, descobriram o que pode ser obóson de Higgs. O apelido de "partícula de Deus” vem duma coincidência e de uma estratégia comercial. Com todas as dificuldades e mistérios que a cercam, um dos cientistas que escreveu sobre ela, a chamou, em inglês, "a maldita partícula de Deus”. Simplesmente por ela dar massa a todas as outras. Por isso, o nome pegou.
Desde antigamente, homens e mulheres se consagram à investigação dos mistérios da natureza e vivem isso como uma busca espiritual. Muitos não pertencem, nem aderem a nenhum credo específico. Mas, pensam que ao descobrir os meandros da física e compreender melhor o funcionamento do universo, penetram ao menos um pouco no próprio pensamento divino, ou seja, no modo como Deus concebeu sua criação. Atualmente, na busca pelos segredos da natureza, muitos cientistas desenvolvem uma dimensão espiritual. O próprio Einstein chamou isso de "mistério cósmico profundo”. No mundo inteiro, fazem sucesso os livros de Fritjop Capra, físico que liga ciência e espiritualidade holística.
Para quem crê em Deus, quanto mais a ciência avança e se aprofunda nas descobertas do mistério da vida humana e do universo, mais nos abrimos ao mistério que nos envolve e nos revela a nossa vocação de amor e de cuidado. Nos anos 80, o filme "Contatos imediatos do 3º grau” tinha em seu cartaz a afirmação: "Não estamos sós!”. O físico e cientista brasileiro Marcelo Gleiser afirma não o contrário, mas algo diverso: "Mesmo se a vida complexa existir no cosmo –e não podemos afirmar que não exista– está tão distante daqui que, na prática, estamos sós e temos a habilidade de pensar. Somos raros e preciosos. Somos como o universo reflete sobre si mesmo. Portanto, (...) temos de adotar uma nova ética que nos eleve acima da moralidade tribal que vem dominando a história da civilização por milênios. Precisamos preservar a vida a todo custo, transformando-nos nos guardiões desse mundo”. Se acreditamos que Deus é amor, não podemos aceitar que ele tenha ciúme da humanidade e veja o progresso da ciência como concorrência com sua função de criador. Isso seria ridículo. A inteligência humana que provoca o desenvolvimento da ciência vem do Espírito Divino. Diante da afirmação da ciência de que o universo é infinito e em evolução cada vez mais rápida, só podemos dizer como o salmo 19: "Os céus narram a glória de Deus e o universo inteiro testemunha a obra de suas mãos”. Também o salmo 8 celebra a maravilha do universo e pergunta "Diante disso tudo, o que é o ser humano, para que o trates com tanto carinho?”. E conclui com uma afirmação que deve ser nossa atitude para com a ciência e todos os mistérios do cosmos: cada pessoa tem a missão de ser como quem zela com amor e carinho por toda a criação divina.

*Monge beneditino e escritor
Adital
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NdE.: Assista aos vídeos sobre a ‘partícula de Deus’:
Marcelo Gleiser explica o Bóson de Higgs ou partícula de Deus - Canal Livre (BAND) - Parte 1/5
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-jtp755k2uA#!
Marcelo Gleiser explica o Bóson de Higgs ou partícula de Deus - Canal Livre (BAND) - Parte 2/5
http://www.youtube.com/watch?v=4yQFnQfRO5c
Marcelo Gleiser explica o Bóson de Higgs ou partícula de Deus - Canal Livre (BAND) - Parte 3/5
http://www.youtube.com/watch?v=7-li8jHa7xE
Marcelo Gleiser explica o Bóson de Higgs ou partícula de Deus - Canal Livre (BAND) - Parte 4/5
http://www.youtube.com/watch?v=wkRKsE1EZcI
Marcelo Gleiser explica o Bóson de Higgs ou partícula de Deus - Canal Livre (BAND) - Parte 5/5
http://www.youtube.com/watch?v=PCZ7VKqHpyU

Portaria 303 da AGU: "claramente anti-indígena, antipopulação tradicional e antiambiental"

 IHU On-Line
Entrevista especial com Raul do Valle
"O senhor Luís Inácio Adams tem que explicar à presidente Dilma, à nação brasileira e aos povos indígenas por que está bancando uma postura que é jurídica e politicamente equivocada", diz o assessor jurídico do Instituto Socioambiental.
A portaria 303 da Advocacia Geral da União - AGU, publicada na semana passada, orienta os "órgãos da União a agir de forma inconstitucional, de forma a diminuir os direitos fundamentais dos povos indígenas. Ela passa a orientar uma ação ilegal do próprio Estado", avalia Raul do Valle em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone. Segundo ele, ao se antecipar à decisão do Supremo Tribunal Federal - STF, e determinar as 19 condicionantes utilizadas no caso Raposa Serra do Sol como regra geral para as demais terras indígenas, a AGU "não só fez um ato totalmente atabalhoado como também acabou incorporando, sem nenhum tipo de critério e de ressalva, várias das condicionantes que são claramente inconstitucionais".
Na opinião do advogado, o maior equívoco da portaria diz respeito ao artigo que restringe o direito de uso dos índios sobre as terras já demarcadas. "Como o governo reconhece o mínimo de terras indígenas possíveis, tenta restringir o uso das terras e utilizar os recursos delas. A portaria surge com esta proposta: a de restringir o direito de uso e de soberania. Os índios passam a ter a terra, mas com uma série de limitações", esclarece.
Valle defende a revogação da portaria 303 e argumenta que a suspensão provisória por dois meses não tem sentido. "Segundo a AGU, a portaria ficará suspensa por dois meses, período em que os povos indígenas serão consultados. Não sei bem como será realizada essa consulta, porque não se pode consultar a restrição de direitos fundamentais determinados pela Constituição Federal", ironiza.
Raul do Valle é advogado, mestre em Direito Econômico, formado pela Universidade de São Paulo - USP. Atua como assessor jurídico do Instituto Socioambiental - ISA, onde também é coordenador do Programa de Política e Direito.
Confira a entrevista.
IHU On-Line - Quais são os limites jurídicos da portaria 303, considerando a Constituição Federal? Em que pontos ela pode ser considera inconstitucional?
Raul do Valle - A questão da inconstitucionalidade é um pouco mais complexa do que a própria portaria em si. O Supremo Tribunal Federal - STF, quando da decisão do caso Raposa Serra do Sol, acabou estabelecendo um acordo de conveniência entre os ministros, acatando a uma série de condicionantes para aquele caso. Ficou claro que as condicionantes diziam respeito somente àquele caso. Recentemente, o STF definiu em outros julgamentos que aquelas condicionantes não se aplicavam automaticamente a outros casos.
Várias dessas chamadas condicionantes, termo que não existe no Direito, são regras novas que o STF acabou legislando e que são inconstitucionais. Por incrível que pareça, o próprio STF aceitou para o caso Raposa Terra do Sol alguns pontos que são contrários à Constituição Federal e a convenções das quais o Brasil é signatário, convenções que devem ser respeitadas pela Constituição brasileira.

O arsenal de Londres contra o doping


Olimpíadas

Em Atenas-2004, houve 26 casos de doping. Em Pequim-2008, o número baixou para 14. O Comitê Olímpico espera que em Londres caia ainda mais (Ilustração: mqciencia com)

A chesinha Ye Shiwen, de 16 anos, negou hoje que tenha se dopado para ter o desempenho espetacular, quase inacreditável apresentado nos Jogos Olímpicos Londres, ao nadar mais rápido do que o campeão olímpico Ryan Lochte num trecho de uma de suas provas e quebrar com grande facilidade, e de longe, um recorde olímpico e um mundial nos 200 e 400 metros medley.
A suspeita foi levantada por técnicos e jornalistas americanos, e deixou indignados integrantes da delegação da China e a imprensa chinesa, controlada inteiramente pelo Estado.
Mas que ninguém se preocupe porque, se houve doping, a coisa virá à tona.
O fantástico laboratório antidoping das Olimpíadas de Londres, construído com apoio financeiro da multinacional de medicamentos GlaxoSmithKline, é considerado o mais completo já montado em competições olímpicas. Ademais, já está realizando um trabalho intenso que, ao cabo dos 17 dias dos Jogos, significará ter colhido 6.250 amostras de atletas, uma média de quase 370 por dia.
Ye-Shiwen: aos 16 anos, um fenômeno da natação que levantou suspeitas (Foto: AFP)
Todos os 10.500 atletas participantes dos Jogos estão, desde o dia 16 de julho passado — as Olimpíadas começaram no dia 25, com as disputas no futebol –, sujeitos a controle sem aviso prévio, em qualquer momento e lugar, em Londres ou mesmo fora do Reino Unido.
Os comitês olímpicos nacionais são os responsáveis por informar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) onde se encontra cada atleta que competiu ou vai competir, e que possa ser objeto de uma das análises. O COI recebeu, antes do início dos Jogos, todos os casos de atletas que foram reprovados duas vezes anteriormente — eles serão objeto de atenção especial.
Nos Jogos de Pequim, em 2008, ocorreram 14 casos de doping comprovados — um progresso em relação às Olimpíadas anteriores, em Atenas-2004, em que foram detectados 26 casos.

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil realiza sua segunda reunião de 2012


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reuniao_conicEntre os dias 30 de julho e 1º de agosto, o Conselho Nacional de Igrejas do Brasil (CONIC) realiza sua segunda reunião ordinária, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O presidente do CONIC e bispo da diocese de Chapecó (SC), dom Manoel João Francisco está à frente dos trabalhos. Na pauta, assuntos como a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, os 30 anos do CONIC, a Assembleia Geral do CONIC, dentre outros.
O CONIC é uma associação de Igrejas cristãs que visa fortalecer o ecumenismo e o diálogo, e promover a justiça e a paz. Cinco igrejas fazem parte dessa organização, são elas: Igreja Católica Romana; Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Igreja Episcopal Anglicana do Brasil; Igreja Presbiteriana Unida; Igreja Sirian Ortodoxa Antioquina.
Na segunda reunião ordinária do CONIC, estiveram presentes todos os representantes das igrejas-membro da organização. Os diretores trataram de questões internas, como tesouraria, e a contratação de uma nova secretária executiva. Outro assunto discutido foi a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, organizada pelo CONIC e que teve a participação de todas as paróquias das cinco igrejas que fazem parte da organização. “Foi uma semana bem articulada e movimentada. Montamos um blog para divulgar as ações do evento e tivemos a participação envolvente em todo Brasil”, disse dom Manoel.
A reunião também tratou da preparação dos 30 anos do CONIC. Na ocasião, além de uma celebração, será expedido um texto sobre ‘Intolerância Religiosa’ que será repassado para todos os regionais do Brasil. “Nossa comissão teológica está preparando um texto para estudo nos regionais. Lá eles darão sua contribuição na elaboração do texto oficial”, explicou o presidente do CONIC.
Sobre o tema ‘Intolerância Religiosa’, dom Manoel lembrou que “no oriente os cristãos estão sendo mortos, e estão ocorrendo muitas mortes em torno da questão religiosa. E no Brasil, as vítimas mais evidentes dessa intolerância são os fiéis das religiões afro-brasileiras”, exemplificou.
O CONIC é uma associação atuante em questões sociais. Teve participação em diversos movimentos como a aprovação da ‘Lei da Ficha Limpa’, o ‘Brasil Nunca Mais’, a ‘Comissão da Verdade’, dentre outros. Outro êxito da organização é o reconhecimento mútuo da validade do batismo em todas as igrejas-membro. “O estudo e a proposta foi feita pelo CONIC. Os presidentes, de cada igreja, assinaram e oficializaram o documento”, recordou dom Manoel.

Dom Pedro Casaldáliga sobre a desocupação de terra indígena em Mato Grosso


Renata Giraldi / Agência Brasil
Símbolo da luta em favor dos marginalizados, dom Pedro Casaldáliga, bispo de São Félix do Araguaia (Mato Grosso), cobrou das autoridades providências urgentes e uma "decisão mais concreta" que garanta a desocupação da Terra Indígena Xavante-Marãiwatsédé de forma pacífica. Em entrevista à Agência Brasil, Casaldáliga, de 76 anos, disse temer o agravamento da tensão e dos conflitos na região.
Dom Pedro Casaldáliga disse que a tendência de acirramento tem piorado em decorrência da proximidade das eleições municipais de outubro e das promessas de campanha. Segundo ele, vários candidatos prometem transformar em povoado a área da Terra Indígena Xavante-Marãiwatsédé. "Isso pode levar a atitudes agressivas e reações de todas as partes." "Está tudo suspenso e o clima é de insegurança", disse o bispo ao comparar a situação ao ocorrido na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, em 2009. "Temo que essa demora de definição leve a uma divisão entre os xavantes [locais] e os de outras áreas que aqui estão. Gostaria de recordar que os direitos dos indígenas são reais e primordiais garantidos aos povos que têm identidade própria", alertou.
Dom Pedro Casaldáliga disse à Agência Brasil que a reserva se transformou em uma "verdadeira cidade" reunindo mais de 500 famílias. A prefeitura de São Félix do Araguaia informou que os mais de 165 mil hectares homologados como Terra Indígena Xavante são o resultado do desmembramento dos 680 mil hectares originais da Fazenda Suissá-Missú, comprada em 1980.
O bispo fez também um alerta histórico. "O que tem sido colocado sobre os direitos dos indígenas ocorre em fascículos. A causa indígena é real. O Brasil tem que entender que tem uma dívida com os indígenas", disse ele, ao ressaltar que, em meio a tudo isso, é preciso ter esperança.
No dia 23 de julho, a Fundação Nacional do Índio (Funai) entregou à Justiça Federal em Mato Grosso um plano de retirada de todos os não índios do interior da Terra Indígena Xavante-Marãiwatsédé. No entanto, a prefeitura de São Félix do Araguaia entende que, ao contrário das decisões judiciais recentes, a reserva homologada por decreto presidencial em 1998, nunca foi integralmente ocupada pelos xavantes.
A disputa entre índios e não índios foi parar na Justiça. Em 2004, a então ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie, que depois presidiria a Corte, concedeu liminar aos xavantes, o que motivou um pequeno grupo a voltar a se instalar em uma área de cerca de 40 mil hectares. No mesmo ano, o STF cassou, por unanimidade, a liminar que garantia a permanência de fazendeiros na maior parte da reserva.
Porém, faltou a decisão final quanto à devolução aos índios da terra, em sua totalidade. Em 2010, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região reconheceu o direito dos xavantes à Terra Indígena Marãiwatsédé, confirmando a decisão dada em primeiro grau e a legalidade do procedimento administrativo de demarcação da terra indígena. Foi determinado que os não indígenas sejam retirados da reserva e as áreas degradadas, recuperadas.
No começo do mês, houve uma reunião entre representantes da Funai, do governo de Mato Grosso e produtores rurais do estado para discutir formas de amenizar a tensão gerada pela iminente retirada dos não índios da área. O governo estadual propôs que os índios fossem levados para outra área bem maior, de 225 mil hectares, no interior do Parque Nacional do Araguaia. Os índios, a Funai e o Ministério Público Federal não aceitaram a proposta.
Fonte: www.ihu.unisinos.br

Governo abre os cofres e amplia orçamento?!


Francisco Garcia e Verdinha 810 (Rádio Verdes Mares)compartilharam a foto de Diário Nordeste.
R$ 212,1 milhões

http://svmar.es/OjYyRq 

Teologia Moral à luz do Vaticano II é tema de Congresso em Fortaleza


 

Os Missionários Redentoristas de Fortaleza realizam de 01 a 03 de agosto de 2012 o primeiro Congresso Afonsiano, com o tema “A Teologia Moral à luz do Concílio Vaticano II”. O Congresso acontecerá no auditório Aloísio Cardeal Lorscheider da Faculdade Católica de Fortaleza.

Segundo o Dr. Pe. Moésio Pereira de Souza, organizador do Congresso, “o objetivo é oferecer um espaço de debate sobre a importância do Concílio Vaticano II para a teologia moral.” “Embora o Congresso vá acontecer no espaço acadêmico da universidade Católica, está aberto a todas as pessoas interessadas pela teologia moral e/ou pelo concílio Vaticano II, por isso, o congresso quer atingir professores, universitários, agentes de pastoral, interessados em ética e religião”, acrescenta Souza.

A partir do tema central, o Congresso abordará várias outras temáticas: Os significados do Concílio Vaticano II para a teologia moral; Considerações sobre aspectos éticos da diagnose pré-natal invasiva; Reflexões atuais da teologia moral acerca da dignidade do matrimônio e da família; Gaudium et Spes: Fonte inspiradora e questionadora para a teologia moral social; A formação da consciência na juventude: um desafio para educadores e agentes de pastoral, e os desafios para a teologia moral na contemporaneidade.

O Congresso contará com a presença dos conferencistas: Dr. Pe. Márcio Fabri dos Anjos doutor em teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Moral e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Bioética. Dr. Nilo Ribeiro, doutor em teologia moral, professor de ética na Universidade Católica de Pernambuco; Dr. Pe. Sérgio Grigoletto, doutor em teologia moral pela Accademia Afonsiana de Roma;  Ms. Pe.Brendan Callanan, mestre em teologia moral pela Faculdade Assunção de São Paulo;  Dr. Pe. Francisco Manfredo Thomaz Ramos, doutor em teologia moral pela Universidade Gregoriana de Roma, professor da Faculdade Católica de Fortaleza e Dr. Pe. Moésio Pereira de Souza, doutor em teologia moral pela Accademia Afonsiana de Roma e professor da Faculdade Católica de Fortaleza.

As inscrições para o I Congresso Afonsiano podem ser feitas pelo site www.catolicadefortaleza.edu.br ou na própria Faculdade. A Faculdade Católica de Fortaleza localiza-se à Rua Tenente Benévolo, 201 – Centro.
Contatos: Pe. Moésio Pereira de Souza, organizador do Congresso. moesiocssr@hotmail.com 85 3237 3559 / 85 97659151; Pe. Antonio Julio Ferreira de Souza, setor de comunicação. julioferreiracssr@yahoo.com.br 88 34213076 / 85 99067039
Com informações do setor de comunicação do Congresso

Acordo entre Twitter e Apple pode acirrar batalha nas redes



No último sábado, o jornal americano The New York Times revelou uma ofensiva da Apple nas redes sociais. Segundo a publicação, a empresa estuda investir milhões de dólares para integrar seus produtos ao microblog Twitter. Se confirmada a negociação, a rede social pode elevar seu valor de mercado a 10 bilhões de dólares, fato que pode beneficiar não só seus usuários finais – que somam mais de meio bilhão -, mas, sobretudo, as próprias companhias de tecnologia.
De acordo com o jornal, a conversa entre as empresas já existe há mais de um ano, mas ainda sem uma definição. “Essas reuniões mostram que eles podem firmar uma grande parceria”, informa a reportagem. Para o Twitter, a negociação pode ser considerada crucial para definir seu futuro.
Criado em março de 2006, o microblog apresentou crescimento invejável nos primeiros anos de vida mas, em 2012, começou a dar os primeiros sinais de fadiga. Dados da empresa de métrica ComScore mostram uma queda global de 6% no acesso ao microblog nos últimos dois meses: de 200 milhões de visitantes únicos no mês de maio para 188 milhões em junho. No mesmo período, por exemplo, o Facebook saltou de 828 milhões para 834.
Outro fator que pode impulsionar o microblog é a possibilidade de ampliar, ainda mais, sua receita. Desde que apresentou em dezembro de 2011 uma série de novidades – entre elas, uma mudança visual de sua página principal –, o Twitter atrai anunciantes e, consequentemente, investimentos. Segundo relatório da empresa especializada em mercado eMarketer, a empresa deve arrecadar 259 milhões até o fim do ano com seu modelo de publicidade. É um número e tanto para uma empresa que, até pouco tempo, gozava de grande popularidade sem obter um retorno financeiro à altura. Associar-se à marca mais valiosa do mundo, portanto, pode deixar o Twitter mais fortalecido para, assim, competir com o Facebook.
Sob o ponto de vista da Apple, integrar-se a uma plataforma de rede social é uma resposta direta às iniciativas desenvolvidas por seus novos rivais Google e Facebook. Assim como o gigante de buscas, a Apple não possui um bom histórico na criação de redes sociais. Sua única iniciativa até agora  – o Ping, site de discussão sobre música vinculado ao iTunes – foi um fracasso e, desde junho, está desativado. Com o Twitter, a empresa criada por Steve Jobs poderá alçar voos mais altos, explorando recursos sociais em benefícios de seus produtos móveis, casos de iPod, iPhone, iPad. Seus consumidores, maiores beneficiados com uma possível parceria, aguardam atentos.

Oración de San Ignacio de Loyola - Pabla Ortellado de Ramos


 Foto de ACI Prensa.
San Ignacio de Loyola, ruega por nosotros.

Soneto de despedida - por Glorita Jucá




Uma lua no céu apareceu
Cheia e branca; foi quando, emocionada
A mulher a meu lado estremeceu
...Ver mais
 ·  ·  · há 21 minutos · 

Qual é melhor: Tablet S, da Sony ou iPad?


Tablet da Sony chega ao Brasil para encarar o iPad 3

Com design ergonômico e entrada para cartão de memória, o Tablet S, da Sony desafia o iPad 3 na competição pelo posto de melhor tablet.

Suelen Paz Costa, querida sobrinha, com amigas


 foto de Renata Lima. — com Thyala Oliveira e outras 2 pessoas em Coco Bambu Frutos do Mar.
Niver da nossa Geleinha Raquel Saturno.

Sempre falta alguém


Dom Murilo S.R. Krieger*
Fizeram-me, um dia, uma pergunta que na hora não me pareceu muito importante. Preocupado com o que estava fazendo ou pensando, dei uma resposta vaga. Depois, vieram as dúvidas: será que eu não deveria ter dado mais importância ao que me foi perguntado? Minha resposta não foi muito superficial? Como foi que não percebi que aquela pergunta merecia uma resposta mais estudada? De interrogação em interrogação feitas a mim mesmo, voltei a me lembrar várias vezes da pergunta feita pela senhora que cruzara casualmente o meu caminho – e que era mais ou menos assim: “Por que será que em nossa família e nos momentos vividos com pessoas amigas, nas festas que organizamos, nos encontros especiais que vivenciamos, também nas horas de tristeza que enfrentamos, por que será que sempre falta alguém?”

Acredito que não há uma resposta definitiva para essa questão, mas uma resposta que cresce, que se completa, que se aprofunda. Pensando em minhas próprias experiências e, particularmente, nos encontros familiares – membro de uma família de nove irmãos, as festas se multiplicavam em minha casa! – lembro-me que sempre faltava alguém! Por vezes, era eu que faltava, pois estudei vários anos em seminários, longe da família. Depois de alguma festa familiar, era comum eu receber uma carta com fotos e mensagens que machucavam meu coração, pela saudade que despertavam: “Pena que não estavas aqui conosco!”.  Ao longo da vida, continuei percebendo que sempre falta alguém!

Sempre falta alguém... Talvez falte um amigo que gostaríamos de ver sorrir, participando de nossa alegria, mas que não pôde comparecer à festa programada. Ou um irmão que ficou impedido de viajar, deixando um vazio no encontro que prometia ser inesquecível. Poderá faltar um parente, uma pessoa conhecida, um colega de trabalho ou de escola que, pouco antes do encontro marcado, telefonou: “Olha,  infelizmente não poderei ir...”

Às vezes, por mais que se imponha a dura realidade de que determinado irmão ou amigo não voltará jamais, de que será um eterno ausente em tudo o que fizermos ou promovermos, ficamos à espera de alguém que venha e nos diga: “Aguarde um pouco: ele está chegando!...".

Sempre falta alguém... Ou se aceita que essa limitação faz parte de nossa vida ou a vida como tal nos parecerá um tanto absurda, uma brincadeira de mau gosto.

Sempre falta alguém... A aceitação dessa realidade nos dará a exata dimensão da existência humana. E nos fará compreender melhor o sentido da vinda de Cristo ao encontro dos seres humanos – ao nosso encontro. Ele, que é a própria Vida, vem para trazer a plenitude da vida a cada um de nós. Sua vinda não é algo “a mais” na história da humanidade. Nem sua presença é apenas interessante ou, quando muito, louvável. Conhecedor profundo da natureza humana, Cristo vem nos completar. Vem preencher os vazios das inúmeras ausências que sentimos, principalmente daquelas que nenhuma fortuna do mundo conseguirá restituir-nos.

Sempre falta alguém... Mas o próprio Cristo – contínua presença ao longo de nossos passos, a partir do momento em que, há dois mil anos, entrou em nossa História – ele mesmo às vezes aparenta estar ausente. Mas ele nuca falta: nos é que não sabemos vê-lo. Nessas horas, nossos olhos estão como os de Paulo, depois da experiência na estrada de Damasco: cobertos por escamas (cf. At 9,18). E não conseguimos ver nada. Não percebemos os inúmeros sinais de amor que, diariamente, ele coloca em nosso caminho. Assemelhamo-nos a seus contemporâneos, que não conseguiam percebê-lo: "Estava no mundo... e o mundo não o conheceu" (Jo 1,10).

Cristo ressuscitado vem ao nosso encontro para fortalecer nossa esperança. Sua vitória sobre a morte nos dá a certeza de que, de fato, ele permanecerá eternamente conosco.  Sua presença dá sentido a todos os momentos de nossa vida, inclusive aos que estiverem marcados pela ausência de um irmão, de um amigo ou de um companheiro de lutas.

Sempre falta alguém... O importante – o essencial! - é não faltar Cristo em nossa vida.

*Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil
CNBB

Encerrado Encontro dos Secretários-Executivos dos Regionais da CNBB



Renato Papis
O Encontro dos secretários e secretárias-executivos dos Regionais da CNBB, realizado de 23 a 27 de julho, em São Paulo (SP), foi encerrado na manhã da sexta-feira (27), no Mosteiro de São Bento com uma missa presidida pelo secretário-geral do Regional Sul 1 da CNBB, dom Tarcísio Scaramussa. Na missa, o Bispo salientou a importância do trabalho dos secretários dos Regionais da CNBB.
Foram cinco dias de formação, reflexão e partilha, além de momentos de convivência e lazer entre os secretários vindos dos diversos estados do Brasil.
Durante o encontro, eles conheceram a sede do episcopado paulista, onde tiveram um encontro com o presidente do Regional Sul 1, cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer que falou das ações do Regional e também da realidade urbana e pastoral da Igreja na cidade de São Paulo. Eles ainda visitaram a paróquia Imaculada Conceição, localizada em Mauá (SP) na diocese de Santo André (SP) , administrada pelo padre Nelson Rosselli Filho e conheceram a cidade turística de Campos do Jordão, a 160 km da cidade de São Paulo. No penúltimo dia do encontro (26), os participantes, fizeram um City Tour pelos principais Pontos Turísticos de São Paulo os museus da Língua Portuguesa e de Arte Sacra. À noite, participaram de uma visita na Basílica do Mosteiro de São Bento, onde foram recepcionados por Dom Mathias Tolentino Braga, Abade do Mosteiro São Bento.
Em entrevista concedida à equipe do Regional Sul 1 da CNBB, ao final da missa a secretária-executiva do Regional Norte 2 que compreende os estados do Amapá e Pará, Orlanda Rodrigues Alves, afirmou que o encontro atingiu seus objetivos. "Foi unânime a opinião entre os secretários presentes de que o encontro atingiu os objetivos. Foi muito interessante ver os secretários vindos de várias regiões do nosso país aprendendo e compartilhando", acrescentou. Ainda segundo a secretária "o encontro que tivemos com o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, nos possibilitou conhecer um pouco de como é a realidade do Regional Sul 1".
O Encontro reuniu secretários provenientes dos Regionais da CNBB: Norte 1 (Norte do Amazonas e Roraima); Norte 2 (Amapá e Pará); Nordeste 2 (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte); Nordeste 3 (Bahia e Sergipe); Nordeste 4 (Piauí); Nordeste 5 (Maranhão); Leste 2 (Espirito Santo e Minas Gerais); Regional Sul 1 (São Paulo); Sul 2 (Paraná); Sul 3 (Rio Grande do Sul); Sul 4 (Santa Catarina); Centro Oeste (Distrito Federal, Goiás e Tocantins); Oeste 1 (Mato Grosso do Sul); Oeste 2 (Mato Grosso) e Noroeste (Acre, sul do Amazonas e Rondônia). Além dos Secretários Regionais, participou do encontro o subsecretário-adjunto de Pastoral da CNBB, padre Francisco Julho de Souza.
O próximo encontro está marcado para julho de 2013 e deve ocorrer no Regional Nordeste 1, em Fortaleza, no Ceará. 
Fonte: www.cnbb.org.br

Mosteiro dos Jesuítas, Baturité - CE - por Suelen Paz Costa


Foi marcada na foto de Tiago Hills. — com Renata Lima e outras 34 pessoas em Bairro dos 
‎"Sinto a paz renovar e a brisa bater, liberto como um novo amanhecer!" BOM DIA! Excelente terça-feira!



TUDO PARA A MAIOR GLÓRIA DE DEUS
      

Padre Geovane saraiva*
A palavra de Deus nos ensina a descobrir o sentido da vida, em tudo aquilo de que necessitamos para viver, colocando dentro de nós, no nosso interior a luz Cristo, no caminho que temos que percorrer. Neste dia 31 de julho comemoramos Santo Inácio de Loyola, grande mestre de oração, fundador da Companhia de Jesus, pregador e pastor do povo de Deus, que nos ajuda a recordar que é importante uma fé confiante e absoluta, ensinando-nos também a compreender que a graça de Deus nos torna pessoas livres diante do projeto que Deus Pai coloca em nossas mãos como missão, para o bem do próximo. E ainda mais, que na sua condição de pai espiritual, nos mostra que a misericórdia divina caminha ao encontro daqueles que buscam o conhecimento de Deus, contemplação, na oração e na meditação.
         As pessoas, ávidas de querer saber o sentido do bem e do mal, alegria e tristeza, bem estar e sofrimento, vida e morte, muitas vezes se sentem perdidas, mesmo nos dias atuais, e não encontram uma explicação plausível, nesta vida, tão marcada pelo inseparável dualismo. Mas o próprio Deus, que suscitou em sua Igreja a figura de Inácio de Loyola, para propagar a glória de seu nome, e ao mesmo tempo, ensinar combater as ciladas do inimigo e ultrapassar os desafios, sofrimentos e dúvida, nos ajuda a encontrar respostas para tais interrogações.
           Porque poucos homens de Deus tiveram uma influência tão vasta e gigantesca no decorrer da história da Igreja e da sociedade em geral, de maneira luminosa, colocando suas inteligências e projetos de vida a serviço da humanidade, como Santo Inácio de Loyola. Ele que nasceu na Espanha e viveu de (1491-1556), primeiramente na corte e no seguimento da carreira militar. Depois, enquanto se restabelecia dos sofrimentos de uma batalha, dedicou-se à leitura da vida do Filho de Deus, que o seduziu, a ponto de tomar a decisão de consagrar-se, viver totalmente para ele, escolhendo como lema e projeto de vida: – Ad maiorem Dei gloriam – “Tudo para a maior glória de Deus” (1Cr 10, 31).
       Foi por ocasião de uma peregrinação à terra santa, viagem profundamente abençoada, num clima a lhe favorecer a penitência, que ao voltar à Espanha, sua terra natal, percebeu sua utilidade na construção do Reino de Deus. Já com trinta anos, entregou-se aos estudos das línguas, da Filosofia e da Teologia, primeiro em sua própria pátria.  E em seguida, foi ao maior centro cultural de seu tempo, a França, estudar na Universidade de Paris.
       O jovem Inácio de Loyola voltou-se para Deus, na meditação dos Mistérios Divinos, também na solidão, privações, angústias e, consequentemente, no sofrimento, procurou traçar as linhas gerais de seu livro de oração, os “Exercícios Espirituais”, tornando-o depois, o código de ascese e de austeridade dos cristãos em todo mundo.
        Em Paris reuniu os seis primeiros companheiros e mais tarde, em 1534, fundou a Companhia de Jesus (os padres jesuítas), para a maior glória de Deus e o serviço da Igreja, em obediência ao Sucessor de Pedro. Promoveu a catequese e o apostolado missionário e teve entre seus seguidores São Francisco Xavier, apóstolo do Oriente e padroeiro das missões. Aqui entre nós, tivemos o grande apóstolo e maior literato XVII, Padre Antônio Vieira, que já comemoramos o seu quarto século de existência (1608-2008), entre outros.
       A companhia de Jesus, fiel ao Evangelho e acima de tudo, movida pela ação do Espírito Santo, com aquela força, mística e energia divina, floresceu e sua influência foi grandiosa na caminhada da Igreja e no processo histórico da civilização humana, dentro do ideal e do espírito de seu fundador, Santo Inácio de Loyola, marcando a nossa história, seja pelos seus escritos ou pela sua intensa atividade apostólica, muito contribuindo na instauração do Reino de Deus, na Reforma da Igreja.
       Inácio de Loyola abriu novos caminhos, levando a boa notícia da Salvação por toda extensão da terra, procurando ser fiel ao Apóstolo dos gentios: “Ao nome de Jesus todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame bem alto, para glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é o Senhor” (Fl  2, 10-11). O Brasil começou a colher os frutos do seu trabalho, através dos missionários jesuítas, com ele ainda vivo, na catequese e do apostolado missionário.
       A Companhia de Jesus, no seu compromisso de fidelidade a Jesus Cristo, no anúncio do Evangelho, passou por perseguições no século XVII, culminando, por razões ideológicas e políticas, com a decisão de Marquês de Pombal, no ano de 1759, ao decretar a expulsão dos Jesuítas de todos os territórios portugueses, mas apesar de tudo, superou as adversidades. Eles foram e continuam sendo um grupo de homens corajosos e determinados na fé - religiosos e apóstolos, filhos de Santo Inácio, que se encantaram no serviço do Reino, como Deus Nosso Senhor mesmo disse: “Vim trazer fogo à terra; só desejo que se acenda” (Lc 12, 49). O grande sonho e desejo de Inácio de Loyola se concretizou, no maravilhoso e belo trabalho, de levar a boa nova da salvação as mais longínquas regiões do planeta, a partir do seu lema: “Tudo para maior glória de Deus”.
       Eis um “projeto”, diferenciado dos nossos projetos. Não raras vezes, nossas decisões e projetos, simplesmente, estão acompanhados de egoísmo, com a finalidade de enaltecer a nossa própria auto-suficiência e vaidade. Para vivermos bem a vida e motivados, no seguimento de Jesus de Nazaré, há sim, renúncias e exigências que nascem de Deus, no seu projeto de amor para conosco. A exemplo de Santo Inácio, ao abraçar ou renunciar algo na vida, o façamos por amor. Que Deus seja louvado pelo edificante trabalho dos Jesuítas, presença que marcou profundamente o povo brasileiro.



* Pe. Geovane Saraiva, padre da Arquidiocese de Fortaleza, Escritor, Membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE), e da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza
Pároco de Santo Afonso