MUNDO
ONG apela ao reforço do diálogo inter-religioso
Texto Francisco Pedro | Foto Lusa | 19/05/2013 | 07:47
Homem que se assumiu como cristão foi deixado durante horas com os braços abertos, sobre pedras cortantes, pelos soldados do exército. Violações dos direitos humanos ainda são uma constante
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Os sinais positivos de mudança e de abertura registados em Mianmar ainda não são suficientes para apagar os «graves abusos dos direitos humanos e da liberdade religiosa» que se verificam no país, denuncia o novo relatório da Christian Solidarity Worldwide (CSW), uma organização não governamental (ONG) de inspiração cristã que esteve um mês no território da ex-Birmânia a recolher dados e testemunhos.
Os observadores da CSW visitaram algumas das principais cidades e deslocaram-se ao estado Kachin, no norte do país, onde os confrontos entre os grupos locais e os soldados do exército duram há dois anos. As informações recolhidas demonstram «violações brutais dos direitos humanos contra civis», sobretudo nas áreas de conflito com as minorias étnicas.
O testemunho dado por um homem de etnia kachin é bem o exemplo disso. Segundo contou à equipa da CSW, foi detido pelos militares, pendurado de cabeça para baixo, agredido e ferido com facas, sodomizado e ameaçado com uma bomba colocada na boca. Por ser cristão, foi deixado «durante horas, sobre pedras cortantes, com os braços abertos, como Cristo».
No documento, divulgado pela agência Fides, os responsáveis pela ONG pedem às autoridades de Mianmar que combatam a «cultura da impunidade» e tomem medidas urgentes para a proteção das minorias étnicas e religiosas. Apelam ainda ao reforço do diálogo inter-religioso, à construção da paz, à assistência humanitária para os deslocados e ao processo de reconciliação que envolva todas as minorias étnicas da nação.
Os observadores da CSW visitaram algumas das principais cidades e deslocaram-se ao estado Kachin, no norte do país, onde os confrontos entre os grupos locais e os soldados do exército duram há dois anos. As informações recolhidas demonstram «violações brutais dos direitos humanos contra civis», sobretudo nas áreas de conflito com as minorias étnicas.
O testemunho dado por um homem de etnia kachin é bem o exemplo disso. Segundo contou à equipa da CSW, foi detido pelos militares, pendurado de cabeça para baixo, agredido e ferido com facas, sodomizado e ameaçado com uma bomba colocada na boca. Por ser cristão, foi deixado «durante horas, sobre pedras cortantes, com os braços abertos, como Cristo».
No documento, divulgado pela agência Fides, os responsáveis pela ONG pedem às autoridades de Mianmar que combatam a «cultura da impunidade» e tomem medidas urgentes para a proteção das minorias étnicas e religiosas. Apelam ainda ao reforço do diálogo inter-religioso, à construção da paz, à assistência humanitária para os deslocados e ao processo de reconciliação que envolva todas as minorias étnicas da nação.
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