31/03/2013

A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico

Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista (Foto: ÉPOCA)ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e
documentarista. Ganhou mais
de 40 prêmios nacionais e
internacionais de reportagem.
É autora de um romance -
Uma Duas (LeYa) - e de três
livros de reportagem: Coluna
Prestes – O Avesso da Lenda
(Artes e Ofícios), A Vida Que
Ninguém Vê (Arquipélago
Editorial, Prêmio Jabuti 2007)
e O Olho da Rua (Globo).
E codiretora de dois
documentários: Uma História
Severina e Gretchen Filme
Estrada.

A parábola do taxista e a intolerância. Reflexão a partir de uma conversa no trânsito de São Paulo. A expansão da fé evangélica está mudando “o homem cordial”?

ELIANE BRUMO diálogo aconteceu entre uma jornalista e um taxista na última sexta-feira. Ela entrou no táxi do ponto do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, por volta das 19h30. Como estava escuro demais para ler o jornal, como ela sempre faz, puxou conversa com o motorista de táxi, como ela nunca faz. Falaram do trânsito (inevitável em São Paulo) que, naquela sexta-feira chuvosa e às vésperas de um feriadão, contra todos os prognósticos, estava bom. Depois, outro taxista emparelhou o carro na Pedroso de Moraes para pedir um “Bom Ar” emprestado ao colega, porque tinha carregado um passageiro “com cheiro de jaula”. Continuaram, e ela comentou que trabalharia no feriado. Ele perguntou o que ela fazia. “Sou jornalista”, ela disse. E ele: “Eu quero muito melhorar o meu português. Estudei, mas escrevo tudo errado”. Ele era jovem, menos de 30 anos. “O melhor jeito de melhorar o português é lendo”, ela sugeriu. “Eu estou lendo mais agora, já li quatro livros neste ano. Para quem não lia nada...”, ele contou. “O importante é ler o que você gosta”, ela estimulou. “O que eu quero agora é ler a Bíblia”. Foi neste ponto que o diálogo conquistou o direito a seguir com travessões.

 - Você é evangélico? – ela perguntou.
 - Sou! – ele respondeu, animado.
 - De que igreja?
 - Tenho ido na Novidade de Vida. Mas já fui na Bola de Neve.
- Da Novidade de Vida eu nunca tinha ouvido falar, mas já li matérias sobre a Bola de Neve. É bacana a Novidade de Vida?
- Tou gostando muito. A Bola de Neve também é bem legal. De vez em quando eu vou lá.
- Legal.
- De que religião você é?
- Eu não tenho religião. Sou ateia.
- Deus me livre! Vai lá na Bola de Neve.
- Não, eu não sou religiosa. Sou ateia.
- Deus me livre!
- Engraçado isso. Eu respeito a sua escolha, mas você não respeita a minha.
- (riso nervoso).
- Eu sou uma pessoa decente, honesta, trato as pessoas com respeito, trabalho duro e tento fazer a minha parte para o mundo ser um lugar melhor. Por que eu seria pior por não ter uma fé?
- Por que as boas ações não salvam.
- Não?
- Só Jesus salva. Se você não aceitar Jesus, não será salva.
- Mas eu não quero ser salva.
- Deus me livre!
- Eu não acredito em salvação. Acredito em viver cada dia da melhor forma possível.
- Acho que você é espírita.
- Não, já disse a você. Sou ateia.
- É que Jesus não te pegou ainda. Mas ele vai pegar.
- Olha, sinceramente, acho difícil que Jesus vá me pegar. Mas sabe o que eu acho curioso? Que eu não queira tirar a sua fé, mas você queira tirar a minha não fé. Eu não acho que você seja pior do que eu por ser evangélico, mas você parece achar que é melhor do que eu porque é evangélico. Não era Jesus que pregava a tolerância?
- É, talvez seja melhor a gente mudar de assunto...

O taxista estava confuso. A passageira era ateia, mas parecia do bem. Era tranquila, doce e divertida. Mas ele fora doutrinado para acreditar que um ateu é uma espécie de Satanás. Como resolver esse impasse? (Talvez ele tenha lembrado, naquele momento, que o pastor avisara que o diabo assumia formas muito sedutoras para roubar a alma dos crentes. Mas, como não dá para ler pensamentos, só é possível afirmar que o taxista parecia viver um embate interno: ele não conseguia se convencer de que a mulher que agora falava sobre o cartão do banco que tinha perdido era a personificação do mal.)
Chegaram ao destino depois de mais algumas conversas corriqueiras. Ao se despedir, ela agradeceu a corrida e desejou a ele um bom fim de semana e uma boa noite. Ele retribuiu. E então, não conseguiu conter-se:
- Veja se aparece lá na igreja! – gritou, quando ela abria a porta.
- Veja se vira ateu! – ela retribuiu, bem humorada, antes de fechá-la.
Ainda deu tempo de ouvir uma risada nervosa.  

A parábola do taxista me faz pensar em como a vida dos ateus poderá ser dura num Brasil cada vez mais evangélico – ou cada vez mais neopentecostal, já que é esta a característica das igrejas evangélicas que mais crescem. O catolicismo – no mundo contemporâneo, bem sublinhado – mantém uma relação de tolerância com o ateísmo. Por várias razões. Entre elas, a de que é possível ser católico – e não praticante. O fato de você não frequentar a igreja nem pagar o dízimo não chama maior atenção no Brasil católico nem condena ninguém ao inferno. Outra razão importante é que o catolicismo está disseminado na cultura, entrelaçado a uma forma de ver o mundo que influencia inclusive os ateus. Ser ateu num país de maioria católica nunca ameaçou a convivência entre os vizinhos. Ou entre taxistas e passageiros.
Já com os evangélicos neopentecostais, caso das inúmeras igrejas que se multiplicam com nomes cada vez mais imaginativos pelas esquinas das grandes e das pequenas cidades, pelos sertões e pela floresta amazônica, o caso é diferente. E não faço aqui nenhum juízo de valor sobre a fé católica ou a dos neopentecostais. Cada um tem o direito de professar a fé que quiser – assim como a sua não fé. Meu interesse é tentar compreender como essa porção cada vez mais numerosa do país está mudando o modo de ver o mundo e o modo de se relacionar com a cultura. Está mudando a forma de ser brasileiro.
Por que os ateus são uma ameaça às novas denominações evangélicas? Porque as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas no modo capitalista. Regidas, portanto, pelas leis de mercado. Por isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não praticante. É possível, como o taxista exemplifica muito bem, pular de uma para outra, como um consumidor diante de vitrines que tentam seduzi-lo a entrar na loja pelo brilho de suas ofertas. Essa dificuldade de “fidelizar um fiel”, ao gerir a igreja como um modelo de negócio, obriga as neopentecostais a uma disputa de mercado cada vez mais agressiva e também a buscar fatias ainda inexploradas. É preciso que os fiéis estejam dentro das igrejas – e elas estão sempre de portas abertas – para consumir um dos muitos produtos milagrosos ou para serem consumidos por doações em dinheiro ou em espécie. O templo é um shopping da fé, com as vantagens e as desvantagens que isso implica.
É também por essa razão que a Igreja Católica, que em períodos de sua longa história atraiu fiéis com ossos de santos e passes para o céu, vive hoje o dilema de ser ameaçada pela vulgaridade das relações capitalistas numa fé de mercado. Dilema que procura resolver de uma maneira bastante inteligente, ao manter a salvo a tradição que tem lhe garantido poder e influência há dois mil anos, mas ao mesmo tempo estimular sua versão de mercado, encarnada pelos carismáticos. Como uma espécie de vanguarda, que contém o avanço das tropas “inimigas” lá na frente sem comprometer a integridade do exército que se mantém mais atrás, padres pop star como Marcelo Rossi e movimentos como a Canção Nova têm sido estratégicos para reduzir a sangria de fiéis para as neopentecostais. Não fosse esse tipo de abordagem mais agressiva e possivelmente já existiria uma porção ainda maior de evangélicos no país.
Tudo indica que a parábola do taxista se tornará cada vez mais frequente nas ruas do Brasil – em novas e ferozes versões. Afinal, não há nada mais ameaçador para o mercado do que quem está fora do mercado por convicção. E quem está fora do mercado da fé? Os ateus. É possível convencer um católico, um espírita ou um umbandista a mudar de religião. Mas é bem mais difícil – quando não impossível – converter um ateu. Para quem não acredita na existência de Deus, qualquer produto religioso, seja ele material, como um travesseiro que cura doenças, ou subjetivo, como o conforto da vida eterna, não tem qualquer apelo. Seria como vender gelo para um esquimó.
Tenho muitos amigos ateus. E eles me contam que têm evitado se apresentar dessa maneira porque a reação é cada vez mais hostil. Por enquanto, a reação é como a do taxista: “Deus me livre!”. Mas percebem que o cerco se aperta e, a qualquer momento, temem que alguém possa empunhar um punhado de dentes de alho diante deles ou iniciar um exorcismo ali mesmo, no sinal fechado ou na padaria da esquina. Acuados, têm preferido declarar-se “agnósticos”. Com sorte, parte dos crentes pode ficar em dúvida e pensar que é alguma igreja nova.
Já conhecia a “Bola de Neve” (ou “Bola de Neve Church, para os íntimos”, como diz o seu site), mas nunca tinha ouvido falar da “Novidade de Vida”. Busquei o site da igreja na internet. Na página de abertura, me deparei com uma preleção intitulada: “O perigo da tolerância”. O texto fala sobre as famílias, afirma que Deus não é tolerante e incita os fiéis a não tolerar o que não venha de Deus. Tolerar “coisas erradas” é o mesmo que “criar demônios de estimação”. Entre as muitas frases exemplares, uma se destaca: “Hoje em dia, o mal da sociedade tem sido a Tolerância (em negrito e em maiúscula)”. Deus me livre!, um ateu talvez tenha vontade de dizer. Mas nem esse conforto lhe resta.
Ainda que o crescimento evangélico no Brasil venha sendo investigado tanto pela academia como pelo jornalismo, é pouco para a profundidade das mudanças que tem trazido à vida cotidiana do país. As transformações no modo de ser brasileiro talvez sejam maiores do que possa parecer à primeira vista. Talvez estejam alterando o “homem cordial” – não no sentido estrito conferido por Sérgio Buarque de Holanda, mas no sentido atribuído pelo senso comum.
Me arriscaria a dizer que a liberdade de credo – e, portanto, também de não credo – determinada pela Constituição está sendo solapada na prática do dia a dia. Não deixa de ser curioso que, no século XXI, ser ateu volte a ter um conteúdo revolucionário. Mas, depois que Sarah Sheeva, uma das filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil, passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados, na “Igreja Celular Internacional”, nada mais me surpreende.
Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele. 
(Eliane Brum escreve às segundas-feiras)
Época

Pietá: as dores da Virgem Maria


A Quaresma, sobretudo, a Semana Santa, é uma época apropriada
 para acompanharmos as dores de Nossa Senhora. 
Convidamos você, estimado irmão (a), para estarmos ao lado da
 Virgem Dolorosa, nas sete dores que 
 a Virgem Maria vivenciou, 
 dores imensas... 
  E não foram apenas sete.  

Michelangelo retrata este  tema da arte cristã, 
em que a Virgem Maria, é representada
 com o corpo do seu filho Jesus, morto nos seus
 braços, após a crucificação

Pe. Geovane Saraiva 
Pároco de Santo Afonso



Papa Francisco celebra Missa da Páscoa na Praça São Pedro

CNBB/RADIO VATICANO
franciscoPASCOA
Papa Francisco, praça de São Pedro
Papa Francisco presidiu na manhã deste Domingo, 31 de março, na Praça São Pedro, a Missa da Páscoa do Senhor. Milhares de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo acorreram ao coração do catolicismo para celebrar com toda a Igreja a ressurreição do Senhor.
Após uma noite chuvosa, Roma teve uma manhã de céu azul entremeado por nuvens, num clima pré-primaveril. Praça São Pedro, Praça Pio XII e Via da Conciliação tomadas por uma multidão de diversas proveniências, facilmente identificados pelas tantas cores de bandeiras. A cor azul celeste da bandeira Argentina era predominante, mas também chamava a atenção o verde das bandeiras do Brasil, o amarelo e branco do Vaticano. Também muitas bandeiras da Espanha, Alemanha, Venezuela, Colômbia, Líbano e tantos outros países. Inúmeras faixas saudavam o novo Pontífice.
A cerimônia iniciou às 10h15min com o rito do “Ressurexit”, ou seja, o anúncio da Ressurreição do Senhor, acompanhado pela colocação de um ícone junto ao altar e terminou às 11h37min horário italiano.
Ao início da Missa da Páscoa, o rito penintencial foi substituído, de certo modo, pela aspersão. O Santo Padre aspergiu o povo com água da fonte batismal, que estava próxima ao altar. A Missa de Páscoa não foi concelebrada e não foi feita homilia, pois ao final, o Papa concede a Bênção Urbi et Orbi. Neste ano houve uma simplificação da cerimônia, com o Evangelho sendo lido somente em latim, e não em grego e latim, como comumente é realizado.
A Guarda Suíça e as três armas italianas, com suas respectivas bandas e uniformes coloridos, fizeram-se presentes para a solene cerimônia. A praça estava decorada com vegetação e flores doadas por produtores holandeses. As cores predominantes eram o branco e amarelo, cores do Vaticano.
Ao final da cerimônia, após cantado o Regina Coeli e entoado o Aleluia de Handel, o Santo Padre saudou alguns presentes e percorreu a Praça São Pedro no Jeep Papal, para alegria da multidão que o aguardava e o saudava efusivamente. Como tem feito nas suas passagens entre a multidão, parou diversas vezes para saudar alguns nenês e abraçou longamente um menino deficiente, numa cena comovente.
Após, se dirigiu ao balcão central da Basílica de São Pedro para conceder a Bênção Urbi et Orbi e a Indulgência Plenária aos presentes e a quantos acompanhavam pelos meios de comunicação, com a felicitação de Páscoa.

Disco autografado pelos Beatles é leiloado por US$ 290,5 mil no Texas


Anônimo levou exemplar de 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band'.
Autógrafos terima sido feitos em junho de 1967, no lançamento, diz revista.

Da AFP

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Exemplar de 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band' autografado pelos Beatles (Foto: AP)Exemplar de 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band' autografado pelos Beatles (Foto: AP)
Um exemplar autografado do disco dos Beatles "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" foi leiloado pelo valor recorde de US$ 290.500 (cerca de R$ 587 mil), informou a revista "The Hollywood Reporter".
O disco com a assinatura dos integrantes do quarteto foi arrematado na noite de sábado por um comprador anônimo na empresa de leilões Heritage Auctions, com sede em Dallas, nos Estados Unidos, disse a publicação em seu site.
Acreditava-se que o disco seria vendido a pelo menos US$ 30 mil.
O disco teria sido autografado pelos Beatles em junho de 1967, quando foi lançado ao mercado.
Segundo o "Hollywood Reporter", o recorde anterior para um disco autografado do quarteto de Liverpool era de US$ 150 mil; pagos por um exemplar de "Meet the Beatles".

RS - Aviões tentam combater o incêndio na reserva do Taim


Aeronave presta apoio no transporte dos bombeiros.
Incêndio na reserva ecológica no Sul do estado já dura seis dias.

Do G1 RS
Aviões maiores reforçam combate ao incêndio na reserva do Taim, no RS (Foto: Reprodução/RBS TV)Aviões tentam combater o incêndio na reserva do Taim
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Um helicóptero do governo do Rio Grande do Sul começa neste domingo (31) a ajudar os bombeiros no combate ao fogo na Estação Ecológica do Taim. O incêndio, que teve início na manhã de terça-feira (26), já destruiu mais de 3 mil hectares da reserva.
A aeronave do governo gaúcho vai prestar apoio no transporte dos bombeiros, para tentar conter o fogo por terra. As chamas continuam avançando, mas de forma mais lenta. O fogo ainda está longe do alcance dos ambientalistas. Em lanchas, só é possível chegar até arroios próximos. Dez homens integram a equipe de combate ao fogo, que está de prontidão caso o incêndio atinja áreas mais secas. Cinco deles são voluntários.
A principal forma de enfrentamento ao fogo está no ar. Neste sábado (30), o segundo avião contratado pelo ICMBio, autarquia federal que administra a reserva, entrou em operação no final da manhã. O ICMBio solicitou o apoio de uma terceira aeronave, mas ainda não existe uma previsão para a chegada. Caminhões pipa da prefeitura de Rio Grande estão no Taim para abastecer com água as aeronaves.
O combate ao fogo neste domingo (31) começou um pouco mais tarde, segundo o ICMBio. Uma forte neblina na região prejudicou a visualização no início do dia.
A reserva do Taim, entre os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, tem 32 mil hectares e é considerada uma das mais importantes reservas do Brasil. O maior incêndio na estação aconteceu em 2008, quando 5 mil hectares foram atingidos
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França: Incêndio mata 5 crianças


Irmãos com entre 2 e 10 anos faziam visita ao pai em Saint-Quentin.
Pai teve apenas queimaduras leves.

Da EFE

Cinco irmãos, com entre dois e dez anos, morreram na noite de sábado em um incêndio presumivelmente acidental em sua casa de Saint-Quentin, cidade próxima à fronteira com a Bélgica, informou a polícia neste domingo (31).
O pai, separado e que recebia as crianças para passar o fim de semana, teve queimaduras leves e sua vida não corre perigo.
Segundo a imprensa francesa, quando o fogo começou o homem estava no primeiro andar da casa e saltou por uma janela para chamar os serviços de emergência.
Bombeiro em frente ao prédio em que as cinco crianças morreram neste domingo (31) na cidade francesa de Saint-Quentin (Foto: AFP)Bombeiro em frente ao prédio em que as cinco crianças morreram neste domingo (31) na cidade francesa de 

Pe. Geovane Saraiva: Vigília Pascal 2013

Fortaleza, 30/3/2013













Paróquia Santo Afonso: Vigília Pascal 2013

Fortaleza, 30/03/2013