25/01/2015

Italiana Gaia Molinari: 18hs missa de 30º na Paróquia Santo Afonso Maria de Ligório


Parquelândia – Fortaleza


25/01.2015



Gaia Molinari foi encontrada morta em 25 de dezembro em Jericoacoara.


Até agora, nenhum culpado pelo crime foi preso pela polícia.



 Do G1 CE




Italiana é encontrada morta em Jericoacoara (CE) (Foto: Reprodução TV Globo)

Italiana é encontrada morta em Jericoacoara (CE)

(Foto: Reprodução TV Globo)

Neste domingo (25), completa-se um mês que o corpo da italiana Gaia Molinari, 29 anos, foi encontrado na praia de Jericoacoara com marcas de violência e estrangulamento. De acordo com a Polícia Civil do Ceará, o inquérito do caso segue em sigilo e, até agora, nenhum culpado pelo crime foi preso. O prazo de entrega do inquérito policial à Justiça é de 30 dias, mas pode ser prorrogado.


Em nota, a Polícia Civil informou que as investigações do caso continuam em “andamento” e que os exames periciais inicialmente solicitados, como o de DNA e o toxicológico, não podem ter os resultados divulgados. Ainda segundo o órgão, outros exames complementares foram solicitados e esperam laudos, o que pode fazer com que a presidente do inquérito policial, delegada Patrícia Bezerra, peça a prorrogação do prazo para a conclusão da investigação e encaminhamento à Justiça. “Por se tratar, de um caso complexo, com características geográficas muito peculiares, exige um tempo maior para o desvendamento completo do crime”, diz a nota.



No dia 13 de janeiro, o juiz da comarca de Jijoca de Jericoacoara, José Arnaldo dos Santos Soares, revogou a prisão temporária da farmacêutica carioca Miriam França, que acompanhava a italiana Gaia Molinari na viagem à praia onde foi morta. A revogação foi solicitada pela Defensoria Pública na terça-feira (6) alegando não haver motivos para mantê-la presa. O magistrado decidiu ainda que a farmacêutica não poderá se ausentar do estado pelo prazo de 30 dias. A carioca estava presa desde o dia 28 de dezembro. O endereço do local onde ela está em Fortaleza não foi divulgado, por questões de privacidade, segundo a Defensoria Pública.


O corpo da turista foi enviado para Itália também no dia 13 de janeiro. O funeral da vítima aconteceu no dia 17 de janeiro na cidade de Piacenza, cidade natal da jovem. O corpo de Gaia Molinari estava na Perícia Forense de Sobral até o dia 30 de dezembro e, antes de seguir para a Itália, foi embalsamado em uma funerária em Fortaleza.


Gaia Molinari foi assassinada na Praia de Jericoacoara, no Ceará (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

Gaia Molinari tinha 29 anos e trabalhava em albergues

em troca de hospedagem (Foto: Arquivo Pessoal)

O caso

Gaia Molinari foi encontrada morta em Jericoacoara no dia 25 de dezembro do ano passado na região do Serrote, que dá acesso à Pedra Furada. De acordo com o laudo inicial da Perícia Civil, a turista italiana Gaia Molinari foi morta por estrangulamento. Segundo o laudo cadavérico divulgado pela polícia nesta segunda-feira (5), Gaia sofreu vários golpes com um objeto contundente, e não cortante como foi informado anteriormente,  no corpo e no rosto antes de ser asfixiada. Exames periciais também não identificaram sêmen no corpo da vítima.


De acordo com as investigações e testemunhas do local, a italiana tentou voltar para Fortaleza um dia antes de morrer, no dia 23 de dezembro, e dizia não estar se sentindo bem de saúde. Ela não conseguiu voltar por problemas na empresa que realiza o transporte de passageiros. Gaia, então, manteve a passagem para o dia 24 de dezembro no mesmo horário que voltaria a carioca, mas não viajou. Segundo os depoimentos de testumunhas à polícia, até agora, a última vez que Gaia foi vista foi às 18h30 do dia 24 de dezembro.


Delegada nega prisão por racismo contra suspeita de matar italiana (Foto: Gabriela Alves/G1)

Delegada que preside o caso afirma ter ouvido mais

de 15 pessoas (Foto: Gabriela Alves/G1)

Antes de ir para Jericoacoara, a italiana estava hospedada em um albergue, em Fortaleza, desde o dia 16 de dezembro. No alberque, Gaia conheceu a carioca Miriam França que a convidou para ir a Jericoacoara, segundo a Polícia Civil. No dia 26 de dezembro, a farmacêutica foi localizada na Praia de Canoa Quebrada e prestou depoimento como testemunha do caso.


No dia 26 de dezembro, um homem que mora em Jericoacoara foi preso suspeito de participar do caso. O homem prestou depoimento na Delegacia de Proteção ao Turista em Fortaleza, passou por exames na Perícia Forense e foi liberado pela polícia por não existir indícios suficientes para a prisão em flagrante. No dia 29 de dezembro, a carioca Miriam França passou de testemunha à suspeita, teve a prisão temporária decretada e ficou detida na Delegacia De Capturas, no Centro de Fortaleza.


Defensoria Pública pede revogação da prisão de amiga de Gaia no Ceará (Foto: Gioras Xerez/G1 Ceará)

Defensoria Pública pede revogação da prisão de

Miriam (Foto: Gioras Xerez/G1 Ceará)

Polícia x Defensoria

A prisão de Mirian França, doutoranda no Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) levantou uma campanha de movimentos que consideraram que a estudante foi presa por preconceito racista, além de abrir uma crise entre a polícia e a Defensoria Pública.


Segundo a polícia, a colega de Gaia foi presa por se contradizer durante o depoimento. Segundo a polícia, elas teriam se conhecido em Fortaleza antes do Natal. A delegada Patrícia Bezerra afirmou que os horários e datas de passeios da turista não conferem com informações das demais testemunhas. Patrícia diz ainda que, questionada sobre as contradições, ela não soube se explicar.


Para os defensores públicos, não houve contradições. “Nós temos esses depoimentos e essas acareações que a delegada Patricia Bezerra utilizou para justificar a prisão. Essas contradições, conforme a delegada, se deve a pequenos detalhes, a dados periféricos que em nenhum levam a crer que foi ela a responsável por esse fato”, afirmou a defensora Gina Moura

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