21/01/2016

Papa rejeita desvalorização da espiritualidade «popular» e das peregrinações

Francisco encerrou Jubileu dos Reitores e Operadores dos Santuários católicos com apelos ao «acolhimento»


O Papa alertou hoje no Vaticano para a desvalorização da espiritualidade “popular” e das peregrinações, convidando todos os responsáveis católicos dos santuários a promover uma cultura de “acolhimento”.


“O acolhimento é verdadeiramente determinante para a evangelização. Às vezes basta apenas uma palavra, um sorriso, para que uma pessoa se sinta acolhida e querida”, disse aos reitores e operadores dos santuários católicos que celebram em Roma o seu jubileu, desde terça-feira.


No encerramento desta iniciativa do ano santo extraordinário, Francisco apelou a estes responsáveis para que promovam um “acolhimento afetuoso, festivo, cordial e paciente”, em particular com “os doentes, os pecadores, os marginalizados”.


Perante centenas de pessoas de vários países, incluindo o reitor e vice-reitor do Santuário de Fátima, o pontífice argentino sustentou que seria “um erro” julgar que os peregrinos vivem uma espiritualidade de “massa”, ignorando a sua “própria história”, com “luzes e sombras”.


“Ir em peregrinação aos santuários é uma das expressões mais eloquentes da fé do povo de Deus e manifesta a piedade de gerações de pessoas que, com simplicidade, acreditaram e se confiaram à intercessão da Virgem Maria e dos santos”, precisou.


O Papa reforçou a sua defesa da religiosa popular como uma “genuína forma de evangelização” que os responsáveis católicos devem promover e valorizar, “sem minimizar a sua importância”.


Francisco realçou a necessidade de acolher os peregrinos “no plano material e espiritual”, tratando cada pessoa como se fosse “um hóspede, um familiar”.


“Façamos com que cada peregrino tenha a felicidade de sentir-se finalmente compreendido e amado”, insistiu.


A intervenção centrou-se depois na importância da Confissão e da misericórdia nos santuários, como espaços onde o peregrino se pode encontrar com a “ternura” de Deus, que não exclui “ninguém”.


“Os sacerdotes que cumprem o seu ministério nos santuários devem ter o coração impregnado de misericórdia, a sua atitude deve ser a de um pai”, acrescentou.


No final do discurso, o Papa passou cerca de meia hora a cumprimentar e abençoar os presentes na sala de audiências Paulo VI.


OC




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