Comemorar algo da nossa história, da nossa fé é de suma importância. Comemorar algo com celebrações, costumes, cores, arte e música faz com que aquilo que comemoramos se torne novamente presente e real.
Li a seguinte frase em relação ao Natal O que os olhos não vêem, o coração não sente e logo veio a idéia de inverter isto O que os olhos vêem, o coração sente. Não é este um dos sentidos do Ano Eclesiástico, do Ano Litúrgico?
Ver com os nossos olhos tudo o que se mostra, ‘ao vivo e a cores’, nos cultos, nas celebrações, nas apresentações, nos trabalhos de arte, nas cores litúrgicas dos paramentos, nos enfeites, nas decorações... Tudo quer nos lembrar da história de Deus para conosco e para com a sua igreja.
Gostei do que um grupo de confirmandos, que fez um trabalho sobre o Ano Litúrgico, escreveu ‘O ano tem estações diferentes. Também a vida de uma pessoa é feita de fases, de momentos diversos. Assim, também na Comunidade Cristã, observamos ciclos comemorativos e celebrativos com as suas cores, símbolos e costumes próprios. Valorizando e celebrando as diferentes épocas do Ano Litúrgico, o povo de Deus é lembrado dos diferentes acontecimentos da vida e obra de Cristo e da história de Deus com o seu povo e da história da Igreja Cristã. Comemorar as festas cristãs nos ajuda a entender tudo o que Deus fez, faz e fará para nos ajudar e para nos salvar’.
Ano Eclesiástico
O Ano Eclesiástico ou Ano da Igreja começa com o primeiro domingo de Advento. A estrutura do Ano Eclesiástico foi se desenvolvendo ao longo de quase 2000 anos, até as datas serem marcadas como as conhecemos hoje, com seus símbolos, cores litúrgicas, festas e costumes.
As primeiras comunidades cristãs em Jerusalém não tinham um ritmo anual de festas. Inicialmente, comemoravam, a cada primeiro dia da semana, o dia da ressurreição de Cristo, o que deu origem ao Domingo (Dia do Senhor). Depois, passaram a comemorar o dia da ressurreição apenas uma vez por ano, na Páscoa.
***
As cores do Ano Litúrgico
Branco: é usado para as festas de Jesus Cristo - Natal, Epifania e Páscoa. O branco é também a cor para o Domingo da Trindade.
Lilás (ou roxo): para os dias que nos fazem lembrar a espera pelo reino, no tempo de Advento e Quaresma.
Preto: é usado quando lembramos da morte na Sexta-Feira Santa e no Domingo da Eternidade.
Verde: quando celebramos a vida, entre a época da Epifania e a Quaresma, e na época após Pentecostes.
Vermelho: simboliza o fogo, a ação da força divina em nós - no domingo de Pentecostes e no dia da Reforma.
Pastor emérito há 10 anos, P. Martin Hiltel, comenta sobre a importância do Calendário Litúrgico, suas comemorações, cores que simbolizam e, em especial, explica este período passado recentemente, a Epifania.
***
Estas são datas do Ano Litúrgico na ordem em que acontecem no calendário da Igreja atualmente:
Advento: início do ano da Igreja. Significa chegada, vinda. É o tempo de preparo para o Natal, para a chegada de Nosso Senhor (compreende o período de quatro domingos antes do Natal).
Natal: a data foi fixada e passou a ser comemorada somente no século IV. Os cristãos substituíram uma antiga festa pagã ao deus Sol Invicto pela festa do nascimento do Sol da Justiça = Cristo. Atualmente, o Natal é considerado a festa máxima dos cristãos, cheia de cores luz e símbolos.
Epifania: Aparição ou Dia de Reis. Comemora a manifestação de Jesus aos Magos que, guiados pela estrela, foram visitá-lo. À festa da Epifania, fixada em 6 de janeiro, seguem-se quatro a seis domingos.
Quaresma/Paixão: começa na Quarta-feira de Cinzas e compreende os 40 dias anteriores à Páscoa. Tempo de relembrarmos a obra e os sofrimentos de Jesus (46 dias menos os domingos).
Semana Santa: Quinta-feira Santa lembramos o dia em que Jesus celebrou a Ceia com seus discípulos. Sexta-feira Santa é o dia da morte de Jesus na cruz, pelos nossos pecados.
Páscoa: comemora a ressurreição de Cristo, ponto de partida para entendermos o nascimento, atuação e morte de Jesus. A data coincide com a Páscoa judaica (no domingo após a primeira lua cheia do outono).
Ascenção: é o dia de relembrarmos a subida de Jesus ao céu (celebrada 40 dias após a Páscoa).
Pentecostes: No Novo Testamento, representa a vinda do Espírito Santo, marco inicial da Igreja Cristã. Também chamado de Aniversário da Igreja.
Tempo da Trindade: período de 22 a 26 domingos após Pentecostes. Também chamado de Tempo Comum.
Domingo da Trindade: primeiro domingo após Pentecostes. Trindade significa três e, neste dia, lembramos a obra de Deus Pai, Jesus Cristo e Espírito Santo.
Ação de Graças: é celebrado nas Comunidades nos meses da colheita, geralmente em junho, sendo conhecido como Dia da Colheita.
Dia da Reforma: 31 de outubro de 1517 é o dia em que Martinho Lutero afixou suas 95 teses, dando início ao movimento protestante.
Domingo da Eternidade/Finados: o dia dedicado à memória dos mortos é celebrado em nossas Comunidades no último domingo antes do Advento, chamado de Domingo da Eternidade.Como último do Ano Eclesiástico, o Domingo da Eternidade nos mostra o fim de tudo e que devemos viver na esperança de que, assim como Cristo vive, nós poderemos viver com ele.
***
Epifania
O terceiro evento mais importante (o primeiro era a Páscoa e o segundo, Pentecostes) do calendário da igreja antiga era a Epifania, que incluía o Natal. Seu tema dominante era a manifestação de Deus em Jesus Cristo, o Batismo de Jesus e o primeiro milagre.
O tempo de Advento era originalmente o tempo de preparo para essa manifestação de Deus. O centro da celebração, portanto, residia no entendimento da manifestação de Deus, em Cristo Jesus. No correr do século IV, desmembrou-se o Natal, assumindo perfil próprio e encampando parte das comemorações da Epifania.
Os cristãos ortodoxos celebram no dia 7 de janeiro Epifania o dia de Natal. Eles seguem o antigo calendário juliano, o que explica o atraso em relação aos cristãos ocidentais, que seguem o calendário gregoriano. Em países de maioria cristã ortodoxa, como os do leste da Europa, a véspera do Natal (6 de janeiro) é marcada por vigílias e comemorações.
Os Reis Magos
Enquanto no Oriente a Epifania é a festa da Encarnação, no Ocidente se celebra com esta festa a revelação de Jesus ao mundo pagão, a verdadeira Epifania. A celebração gira em torno à adoração a qual foi sujeito o Menino Jesus por parte dos três Reis Magos (Mt 2 1-12) como símbolo do reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador de toda a humanidade.
De acordo com a tradição da Igreja do século I, estes Magos são como homens poderosos e sábios, possivelmente Reis de nações ao leste do Mediterrâneo, homens que, por sua cultura e espiritualidade, cultivavam seu conhecimento do homem e da natureza esforçando-se especialmente para manter um contato com Deus. Da passagem bíblica, sabemos que são Magos, que vieram do Oriente e que, como presente, trouxeram incenso, ouro e mirra.
Li a seguinte frase em relação ao Natal O que os olhos não vêem, o coração não sente e logo veio a idéia de inverter isto O que os olhos vêem, o coração sente. Não é este um dos sentidos do Ano Eclesiástico, do Ano Litúrgico?
Ver com os nossos olhos tudo o que se mostra, ‘ao vivo e a cores’, nos cultos, nas celebrações, nas apresentações, nos trabalhos de arte, nas cores litúrgicas dos paramentos, nos enfeites, nas decorações... Tudo quer nos lembrar da história de Deus para conosco e para com a sua igreja.
Gostei do que um grupo de confirmandos, que fez um trabalho sobre o Ano Litúrgico, escreveu ‘O ano tem estações diferentes. Também a vida de uma pessoa é feita de fases, de momentos diversos. Assim, também na Comunidade Cristã, observamos ciclos comemorativos e celebrativos com as suas cores, símbolos e costumes próprios. Valorizando e celebrando as diferentes épocas do Ano Litúrgico, o povo de Deus é lembrado dos diferentes acontecimentos da vida e obra de Cristo e da história de Deus com o seu povo e da história da Igreja Cristã. Comemorar as festas cristãs nos ajuda a entender tudo o que Deus fez, faz e fará para nos ajudar e para nos salvar’.
Ano Eclesiástico
O Ano Eclesiástico ou Ano da Igreja começa com o primeiro domingo de Advento. A estrutura do Ano Eclesiástico foi se desenvolvendo ao longo de quase 2000 anos, até as datas serem marcadas como as conhecemos hoje, com seus símbolos, cores litúrgicas, festas e costumes.
As primeiras comunidades cristãs em Jerusalém não tinham um ritmo anual de festas. Inicialmente, comemoravam, a cada primeiro dia da semana, o dia da ressurreição de Cristo, o que deu origem ao Domingo (Dia do Senhor). Depois, passaram a comemorar o dia da ressurreição apenas uma vez por ano, na Páscoa.
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As cores do Ano Litúrgico
Branco: é usado para as festas de Jesus Cristo - Natal, Epifania e Páscoa. O branco é também a cor para o Domingo da Trindade.
Lilás (ou roxo): para os dias que nos fazem lembrar a espera pelo reino, no tempo de Advento e Quaresma.
Preto: é usado quando lembramos da morte na Sexta-Feira Santa e no Domingo da Eternidade.
Verde: quando celebramos a vida, entre a época da Epifania e a Quaresma, e na época após Pentecostes.
Vermelho: simboliza o fogo, a ação da força divina em nós - no domingo de Pentecostes e no dia da Reforma.
Pastor emérito há 10 anos, P. Martin Hiltel, comenta sobre a importância do Calendário Litúrgico, suas comemorações, cores que simbolizam e, em especial, explica este período passado recentemente, a Epifania.
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Estas são datas do Ano Litúrgico na ordem em que acontecem no calendário da Igreja atualmente:
Advento: início do ano da Igreja. Significa chegada, vinda. É o tempo de preparo para o Natal, para a chegada de Nosso Senhor (compreende o período de quatro domingos antes do Natal).
Natal: a data foi fixada e passou a ser comemorada somente no século IV. Os cristãos substituíram uma antiga festa pagã ao deus Sol Invicto pela festa do nascimento do Sol da Justiça = Cristo. Atualmente, o Natal é considerado a festa máxima dos cristãos, cheia de cores luz e símbolos.
Epifania: Aparição ou Dia de Reis. Comemora a manifestação de Jesus aos Magos que, guiados pela estrela, foram visitá-lo. À festa da Epifania, fixada em 6 de janeiro, seguem-se quatro a seis domingos.
Quaresma/Paixão: começa na Quarta-feira de Cinzas e compreende os 40 dias anteriores à Páscoa. Tempo de relembrarmos a obra e os sofrimentos de Jesus (46 dias menos os domingos).
Semana Santa: Quinta-feira Santa lembramos o dia em que Jesus celebrou a Ceia com seus discípulos. Sexta-feira Santa é o dia da morte de Jesus na cruz, pelos nossos pecados.
Páscoa: comemora a ressurreição de Cristo, ponto de partida para entendermos o nascimento, atuação e morte de Jesus. A data coincide com a Páscoa judaica (no domingo após a primeira lua cheia do outono).
Ascenção: é o dia de relembrarmos a subida de Jesus ao céu (celebrada 40 dias após a Páscoa).
Pentecostes: No Novo Testamento, representa a vinda do Espírito Santo, marco inicial da Igreja Cristã. Também chamado de Aniversário da Igreja.
Tempo da Trindade: período de 22 a 26 domingos após Pentecostes. Também chamado de Tempo Comum.
Domingo da Trindade: primeiro domingo após Pentecostes. Trindade significa três e, neste dia, lembramos a obra de Deus Pai, Jesus Cristo e Espírito Santo.
Ação de Graças: é celebrado nas Comunidades nos meses da colheita, geralmente em junho, sendo conhecido como Dia da Colheita.
Dia da Reforma: 31 de outubro de 1517 é o dia em que Martinho Lutero afixou suas 95 teses, dando início ao movimento protestante.
Domingo da Eternidade/Finados: o dia dedicado à memória dos mortos é celebrado em nossas Comunidades no último domingo antes do Advento, chamado de Domingo da Eternidade.Como último do Ano Eclesiástico, o Domingo da Eternidade nos mostra o fim de tudo e que devemos viver na esperança de que, assim como Cristo vive, nós poderemos viver com ele.
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Epifania
O terceiro evento mais importante (o primeiro era a Páscoa e o segundo, Pentecostes) do calendário da igreja antiga era a Epifania, que incluía o Natal. Seu tema dominante era a manifestação de Deus em Jesus Cristo, o Batismo de Jesus e o primeiro milagre.
O tempo de Advento era originalmente o tempo de preparo para essa manifestação de Deus. O centro da celebração, portanto, residia no entendimento da manifestação de Deus, em Cristo Jesus. No correr do século IV, desmembrou-se o Natal, assumindo perfil próprio e encampando parte das comemorações da Epifania.
Os cristãos ortodoxos celebram no dia 7 de janeiro Epifania o dia de Natal. Eles seguem o antigo calendário juliano, o que explica o atraso em relação aos cristãos ocidentais, que seguem o calendário gregoriano. Em países de maioria cristã ortodoxa, como os do leste da Europa, a véspera do Natal (6 de janeiro) é marcada por vigílias e comemorações.
Os Reis Magos
Enquanto no Oriente a Epifania é a festa da Encarnação, no Ocidente se celebra com esta festa a revelação de Jesus ao mundo pagão, a verdadeira Epifania. A celebração gira em torno à adoração a qual foi sujeito o Menino Jesus por parte dos três Reis Magos (Mt 2 1-12) como símbolo do reconhecimento do mundo pagão de que Cristo é o salvador de toda a humanidade.
De acordo com a tradição da Igreja do século I, estes Magos são como homens poderosos e sábios, possivelmente Reis de nações ao leste do Mediterrâneo, homens que, por sua cultura e espiritualidade, cultivavam seu conhecimento do homem e da natureza esforçando-se especialmente para manter um contato com Deus. Da passagem bíblica, sabemos que são Magos, que vieram do Oriente e que, como presente, trouxeram incenso, ouro e mirra.
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