09/01/2012

Vaticano: Bento XVI condena ataques à liberdade religiosa

Papa diz que este direito é «ainda limitado ou violado» em relação às comunidades cristãs


Cidade do Vaticano, 09 jan 2012 (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje ao “respeito pela liberdade religiosa” em todo o mundo, afirmando que este é um direito que “com demasiada frequência e por diversos motivos, continua a ser limitado ou violado”.
“Trata-se do primeiro dos direitos do homem, porque expressa a realidade mais fundamental da pessoa”, disse o Papa, no Vaticano, durante o encontro anual com os membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé.
O discurso evocou a figura do ministro paquistanês Shahbaz Bhatti, “cuja luta incansável pelos direitos das minorias terminou com uma morte trágica”, no dia 2 de março de 2011, quando foi assassinado a tiro.
“Não se trata, infelizmente, de um caso único”, lamentou Bento XVI, para quem a liberdade religiosa tem “uma dimensão individual”, “coletiva” e “institucional”.
O Papa afirmou que “em numerosos países, os cristãos são privados dos direitos fundamentais e postos à margem da vida pública; noutros, sofrem ataques violentos contra as suas igrejas e as suas casas”.
“Às vezes, veem-se constrangidos a abandonar países que eles mesmos ajudaram a edificar, por causa de tensões contínuas e por políticas que frequentemente os relegam para a condição de espetadores secundários da vida nacional”, alertou.
Bento XVI criticou ainda as “políticas tendentes a marginalizar o papel da religião na vida social”, como se ela fosse “causa de intolerância em vez de uma apreciável contribuição na educação para o respeito da dignidade humana, para a justiça e a paz”.
A este respeito, contudo, o Papa admitiu que “o terrorismo religiosamente motivado ceifou, no ano passado, também numerosas vítimas, sobretudo na Ásia e na África”, assinalando que “a religião não pode ser usada como pretexto para pôr de lado as regras da justiça e do direito em favor do ‘bem’ que ela persegue”. 
O discurso papal enunciou, por outro lado, “alguns sinais encorajadores no campo da liberdade religiosa”, como o reconhecimento da “personalidade jurídica pública das minorias religiosas” na Geórgia ou a sentença do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos “favorável à presença do crucifixo nas salas de aulas italianas”. 
“Espero que a Itália continue a promover uma relação equilibrada entre a Igreja e o Estado, constituindo deste modo um exemplo para o qual as outras nações possam olhar com respeito e interesse”, disse ainda.
OC

Cidade do Vaticano, 09 jan 2012 (Ecclesia) – Bento XVI apelou hoje ao “respeito pela liberdade religiosa” em todo o mundo, afirmando que este é um direito que “com demasiada frequência e por diversos motivos, continua a ser limitado ou violado”.
“Trata-se do primeiro dos direitos do homem, porque expressa a realidade mais fundamental da pessoa”, disse o Papa, no Vaticano, durante o encontro anual com os membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé.
O discurso evocou a figura do ministro paquistanês Shahbaz Bhatti, “cuja luta incansável pelos direitos das minorias terminou com uma morte trágica”, no dia 2 de março de 2011, quando foi assassinado a tiro.
“Não se trata, infelizmente, de um caso único”, lamentou Bento XVI, para quem a liberdade religiosa tem “uma dimensão individual”, “coletiva” e “institucional”.
O Papa afirmou que “em numerosos países, os cristãos são privados dos direitos fundamentais e postos à margem da vida pública; noutros, sofrem ataques violentos contra as suas igrejas e as suas casas”.
“Às vezes, veem-se constrangidos a abandonar países que eles mesmos ajudaram a edificar, por causa de tensões contínuas e por políticas que frequentemente os relegam para a condição de espetadores secundários da vida nacional”, alertou.
Bento XVI criticou ainda as “políticas tendentes a marginalizar o papel da religião na vida social”, como se ela fosse “causa de intolerância em vez de uma apreciável contribuição na educação para o respeito da dignidade humana, para a justiça e a paz”.
A este respeito, contudo, o Papa admitiu que “o terrorismo religiosamente motivado ceifou, no ano passado, também numerosas vítimas, sobretudo na Ásia e na África”, assinalando que “a religião não pode ser usada como pretexto para pôr de lado as regras da justiça e do direito em favor do ‘bem’ que ela persegue”.
O discurso papal enunciou, por outro lado, “alguns sinais encorajadores no campo da liberdade religiosa”, como o reconhecimento da “personalidade jurídica pública das minorias religiosas” na Geórgia ou a sentença do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos “favorável à presença do crucifixo nas salas de aulas italianas”.
“Espero que a Itália continue a promover uma relação equilibrada entre a Igreja e o Estado, constituindo deste modo um exemplo para o qual as outras nações possam olhar com respeito e interesse”, disse ainda.
OC

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