22/06/2012

Alemanha, França, Itália e Espanha tentam acordo sobre crise


Reunião desta sexta (22) visa buscar união fiscal e bancária do bloco.
Manifestantes protestavam em Roma, antes do encontro.

Da Reuters
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Os líderes de Alemanha, França, Itália e Espanha tentarão nesta sexta-feira (22) em Roma encontrar um acordo para recuperar a confiança na zona do euro antes da cúpula da União Europeia na próxima semana, que o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, disse ser um momento decisivo. Manifestantes usando máscaras dos líderes dos países protestavam em frente ao Palácio de Chigi, em Roma.
Manifestantes usando máscaras do presidente francês François Hollande), da chanceler alemã Angela Merkel, do premiê espanhol Mariano Rajoy e do premiê italiano Mario Monti, simulando um jogo de futebol. O protesto é contra a crise da dívida da zona do euro. Manifestação é em frente ao Palácio de Chigi, em Roma, nesta sexta (22) (Foto: Reuters)Manifestantes usando máscaras do presidente francês François Hollande), da chanceler alemã Angela Merkel, do premiê espanhol Mariano Rajoy e do premiê italiano Mario Monti. Manifestação é em frente ao Palácio de Chigi, em Roma, nesta sexta (22) (Foto: Reuters)
A reunião desta sexta-feira tem o objetivo de buscar caminhos para alcançar uma união fiscal e bancária e, de maneira mais urgente, pode ser quando a Espanha pedirá formalmente até 100 bilhões de euros para ajudar os bancos do país.
Nesta quinta-feira (21), a agência de classificação de risco Moody’s reduziu as notas de risco de 15 grandes bancos com atuação global, apontando que os mesmos têm “exposição significativa à volatilidade e risco de grandes perdas decorrentes das atividades do mercado de capitais”. Tiveram seus ratings afetados instituições como o Bank of America, Credit Suisse e HSBC.
Custos de empréstimos perigosamente altos para Espanha e Itália recuaram um pouco devido às expectativas no mercado de iniciativas políticas na cúpula em Bruxelas em 28 e 29 de junho. Se a reunião não tiver sucesso, os dois países podem ficar ainda mais perto de precisarem de resgates soberanos.
Sem um resultado satisfatório, "haveria ataques especulativos progressivamente maiores a países específicos, com tormentos aos países mais fracos", disse Monti, em entrevista reproduzida em vários jornais europeus antes da reunião desta sexta-feira.
"Uma grande parte da Europa teria que continuar a tolerar taxas de juros bastante altas, o que impactaria nos Estados e indiretamente nas empresas. Isso é exatamente o oposto do que é necessário para crescimento econômico", completou Monti.
Uma auditoria divulgada na quinta-feira mostrou que os bancos espanhóis precisariam de até 62 bilhões de euros em capital extra para enfrentar as circunstâncias adversas.
A expectativa é de que a chanceler alemã Angela Merkel resista a qualquer pressão de Monti e líderes de França e Espanha para políticas fiscais menos rigorosas na zona do euro ou para a emissão de títulos comuns.

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