“Refletimos sobre a inculturação de um novo paradigma de evangelização na América. Civilização e cultura são campos de conflito na sociedade continental. Fica claro que precisamos superar um culturalismo romântico e defender a inculturação, mostrando que existem alternativas e caminhos como resposta as demandas do tempo presente”, afirmou o padre Vileci B. Vidal, um dos coordenadores 13º Intereclesial.
O religioso continuou explicando: “Neste sentido, a missão é pela conquista da América como lugar do diálogo e relação intercultural no campo da evangelização numa atitude ecumênica. Pois, não podemos aceitar a mudança do mundo sem a nossa participação. Percebe-se que na América Latina se dá uma reconfiguração religiosa, cultural e social. Mais que adesão, se firma um cristianismo na busca da justiça, da paz e do amor. E isso está vinculado ao fenômeno da migração que reconfigura as identidades e as relações étnicas internacionais e no interior dos países. Na América Latina se trata de uma realidade com a qual convivemos sempre como espaço multicultural e muito étnico (DA 56 e 57). A inculturação não é só uma questão de justiça frente aos povos, mas necessária para não sucumbir a verdade cultural frente aos novos neocolonizadores da globalização neoliberal. Na América Latina cresce o grito contra a desigualdade, dada as demandas dos grupos indígenas e afro-americanos que resistem a entregar suas tradições milenares a globalização neocolonizadora e avassaladora”, destacou.
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