Saint Andrews possui estrutura de castelo e espaço para casamentos.
Preço das diárias em uma das 11 suítes varia de R$ 1,5 mil a R$ 3,6 mil.
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Destino de turistas de diversas regiões do país no inverno, Gramado conta com uma extensa rede hoteleira. Lá funciona desde 2010 um hotel que se notabiliza pelo luxo: o Saint Andrews, considerado pelos proprietários o único de seis estrelas do país. Com a estrutura de um castelo e mordomos 24 horas à disposição dos hóspedes, o estabelecimento é uma opção para quem quer relaxar e tem condições de pagar pelo menos R$ 1,5 mil pela diária.
A partir do momento em que um dos serviçais abre a porta de entrada, a atenção de quem entra começa a se voltar para todos os cantos do saguão. Enquanto são recebidos com flores frescas, os hóspedes podem observar as peças antigas que decoram os móveis, o lustre, os papeis de parede e as cortinas importados da Inglaterra e um lustre de cristal tcheco de 36 braços, um dos 35 que o estabelecimento possui. O estilo é de um palácio real.
As lareiras ecológicas dispensam a lenha. Uma biblioteca oferece livros de arte com decoração toda feita com antiguidades ou réplicas de peças dos séculos XV a XVIII. E nos 1,7 mil metros quadrados, os detalhes compõem um cenário de sonho, inspirados nos castelos da região de Saint Andrews, na Escócia.
Os cristais também estão presentes sobre as mesas. Cada uma delas tem um sino artesanal, e o som é sempre diferente de uma para outra. Assim, os mordomos não confundem quem está chamando de forma alguma.
O local foi construído em 2001 por um casal de empresários gaúchos, que usou como casa de inverno até 2004. Depois de cinco anos fechado, foi comprado por um executivo do ramo de turismo, que investiu R$ 10 milhões no novo estabelecimento. Além do luxo dentro do prédio, ainda há o jardim repleto de chafarizes, com um espaço usado para casais que querem um casamento de luxo ao ar livre.
São 11 suítes, todas com nomes de pedras, como ônix e jade. Os preços das diárias variam entre R$ 1,5 mil e R$ 3,6 mil. A mais cara tem 110 metros quadrados. A idade mínima para se hospedar no local é 14 anos. Segundo os donos, as grandes janelas que ficam abertas e os chafarizes são perigosos para crianças.
Nos quartos, o estilo clássico contrasta com a tecnologia. A televisão, com tela de LED, foi incorporada à decoração por meio de uma moldura, como se fosse um quadro. “Ao mesmo tempo em que se pensa numa casa mais antiga, ele está no futuro. É um espaço atemporal”, diz o gerente de hospedagem, Miguel Becker.
Na cozinha, a equipe comandada pela chef Marina Fontes atende aos desejos personalizados dos clientes. As refeições são ainda mais luxuosas na adega gourmet, que fica na antiga garagem da casa. Lá é possível degustar vinhos que estão entre os melhores do mundo, todos em temperatura adequada.
“Esta parte da adega é climatizada naturalmente. Aqui atrás há uma pedra de granito onde a casa está fundada. Nesta pedra, ela tem uma temperatura constante de 18°C, fazendo com que possamos armazenar o vinho o ano todo nessa temperatura”, explica o somelier Gustavo Bertolucci.
As suítes têm uma sacada com uma mesa para o chá, com doces requintados e personalizados com o nome do hotel. A vista é para o Vale do Quilombo, antiga morada de negros que tiveram alforria após a assinatura da Lei Áurea. Apesar da beleza do local, os diferenciais são a calma e a mordomia. “Nossos hóspedes são clientes que precisam de um lugar tranquilo, com muito conforto, ser paparicados”, diz o gerente-geral Umberto Bel Tramea.
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