25/06/2012

Índios no sítio Belo Monte chega ao quarto dia


Cerca de 150 índios de três etnias diferentes estão acampados no local.
Indígenas querem garantia de ajuda as aldeias afetadas pela Usina.

Do G1 PA
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Há quatro dias, cerca de 150 índios das etnias Juruna, Xikrin e Arara estão acampados em um dos canteiros de obra da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, sudoeste do Pará. Eles reivindicam a garantia de ajuda as aldeias afetadas pela Usina.
Enquanto isso, as atividades que envolvem a construção do barramento do rio Xingu estão suspensas por tempo indeterminado. Os funcionários foram liberados do trabalho.
A preocupação dos índios é com o futuro das aldeiras que, segundo eles, sofrem com os impactos da construção da barragem. Entre as melhorias que os indígenas pedem a empresa responsável pela obra, a Norte Energia, está a regulamentação das terras indígenas, fornecimento de suprimento, construção de estradas, transporte e abastecimento de água. Essas medidas estão lista de ações que devem ser cumpridas pela empresa.
Os índios aguardam a presensa do presidente da empresa Norte Energia para discutir as reivindicações. O Consórcio de Belo Monte entrou na Justiça e pediu a reintegração de posse da área, mas teve o pedido negado. A juíza federal Priscila Pinto Azevedo entendeu que é necessária a preservação da integridade física das pessoas e que a desocupação, se ocorrer, deve ser por meio de acordo, com intervenção da Fundação Nacional do Índio (Funai) e sem a presença de força policial.
A reunião entre os índios e a empresa está marcada para a próxima quinta-feira (28), quando os pedidos dos indígenas devem ser discutidos.

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