Após passarem dez dias na diocese de Barra (BA) um grupo de pouco mais de 40 missionários da arquidiocese de Florianópolis (SC) fez uma parada em Brasília (DF) e visitou a sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), nesta terça-feira, 24 de julho. Eles dão continuidade ao Projeto de Igrejas-Irmãs das duas dioceses, que teve início há 30 anos e desde o ano 2000 realiza o trabalho de envio de missionários, anualmente.
"Essa foi a 10ª edição da Missão realizada na diocese de Barra. Já tivemos a oportunidade de ir com dois e até três ônibus de missionários. Desta vez fomos com 46 pessoas, entre leigos, uma religiosa e sete seminaristas", contou o coordenador do projeto, o leigo Domingos Francisco Pereira, 65 anos. Segundo Francisco, o trabalho feito na Bahia consiste em visitar as casas levando o Anúncio do Evangelho, fazer reflexões com as famílias e celebrações todas as noites.
A diocese de Barra tem uma superfície de 43.531 km² e uma população de 224.248 habitantes, o que torna as atividades pastorais e missionárias mais difíceis. Domingos Francisco já conhece bem o problema das distâncias e apresenta números impressionantes, resultado de sua experiência conquistada ao longo dos anos trabalhando no interior da Bahia. "Há falta de padres e os poucos que têm são responsáveis por paróquias com 60 ou 70 comunidades. Algumas paróquias chegam a ser distantes 380 km uma da outra", contou.
A missionária Maria Salete, leiga, casada, mãe de três filhos e avó, relata como foi a experiência desde ano. "É uma semente que plantamos ano a ano e que nos faz crescer como pessoas e cristãos. O mais importante nesse trabalho é anunciar Jesus Cristo e nos inculturar com nossos irmãos da Bahia. O que acontece lá é uma verdadeira troca de experiências que se traduz no crescimento dos missionários".
O seminarista do período propedêutico (etapa preparatória para o estudo da filosofia) Anderson Felipe Guzzi, 26, tem uma experiência interessante que fez questão de testemunhar nas visitas e celebrações feitas nos últimos dias no interior da Bahia. Esta foi a primeira vez que saiu do estado de Santa Catarina. O amor pela missão, porém, surgiu com a convivência com a avó e a constante reza do terço. Foi através da oração e do encontro pessoal com Deus que Anderson prometeu retornar à Igreja, caso alguém lhe fizesse o convite. Ele deixou de participar da comunidade aos 19 anos, após fazer o Crisma. "Eu passei a rezar o terço diariamente graças a minha avó e isso mudou minha vida, após o convite de participar da formação das Santas Missões Populares", conta. "Na Bahia, como missionário, dei o melhor de mim. Sei que eles poderiam contar com um missionário mais preparado, mas eu fiz o que deveria fazer e estou feliz por isso", completou o jovem, que pretende ser um padre missionário.
O contato e troca de experiências na Bahia é sempre a parte mais importante da missão, segundo o leigo Márcio Antônio Reiser, 50. "A experiência sempre nos proporciona um crescimento na fé e a vontade de voltar. Fazemos trocas de experiências e aprendemos juntos. O estar na missão nos leva a melhorar o trabalho nas bases de nossas próprias comunidades porque sugerimos iniciativas a eles que servem para nós também".
Fonte: www.pom.org.br
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