Não é de hoje que as empregadas domésticas protagonizam ou se destacam nas novelas. Mas nunca antes na história da teledramaturgia as empreguetes mandaram tanto quanto agora – elas são estrelas de quatro das seis tramas que a Globo, a emissora líder em audiência, põe no ar todos os dias.
Espertas, lindas e, é claro, muito charmosas, as curicas, como Chayene (Claudia Abreu) gosta de chamá-las, estão com tudo, simbolizando a nova imagem da categoria que sempre foi sinônimo de mulher batalhadora – e nada mal para a TV aberta agradá-las, já que a classe C ameaça debandar para os canais por assinatura. Aqui, o blog apresenta uma seleção das dez empreguetes mais charmosas da ficção televisiva:
1. Ana Francisca (Mariana Ximenes): No começo de Chocolate com Pimenta, novela de Walcyr Carrasco em reprisse no Vale a Pena Ver de Novo (14h40), a faxineira desajeitada Ana Francisca (Mariana Ximenes) inspirava pena. Depois de sofrer bullying no baile da cidade, casou com o dono da principal fábrica do pedaço e agora é conhecida como a elegante e cobiçada “viuvinha”.
2. Rosário (Leandra Leal), Penha (Taís Araújo) e Cida (Isabelle Drummond): as domésticas de Cheias de Charme (19h) parecem princesas de contos de fadas, mas ao mesmo tempo são bastante verossímeis. Lindas e carismáticas, encantam crianças com seus figurinos coloridos e os marmanjos de plantão com um ou outro traje provocante.
3. Nina (Débora Falabella): A heroína vingadora de Avenida Brasil(21h15) é uma mocinha com jeito de vilã. Ardilosa, é uma assombração na vida da vilã Carminha (Adriana Esteves) e faz sucesso com seu tempero especial. Quatro homens já caíram de amores por ela: Jorginho (Cauã Reymond), Tufão (Murilo Benício), Max (Marcello Novaes) e o ex-namorado Hector (Daniel Kuzniecka), que chora até hoje a partida da amada na Argentina.
4. Gabriela (Juliana Paes): É, meus camaradas… A cozinheira mais famosa de Ilhéus é concretização dos doces sonhos de Nacib (Humberto Martins) em Gabriela (23h): bonita, talentosa com as panelas, servil e fogosa. De quebra, tem o tal cheiro de cravo e a cor de canela, que Jorge Amado imaginou. Como se sabe, está em véspera de patroa, já que vai casar com o dono da casa e se tornar “senhora de respeito”.
5. Moira O’Hara (Alexandra Breckenridge): o fenômeno empreguete não é restrito à TV brasileira. Para a patroa e demais personagens femininas da série americana American Horror Story(2011, canal FX), a arrumadeira Moira aparecia como uma senhora caolha. Mas para os homens, especialmente para o patrão Ben (Dylan McDermott), a morta-viva tratava de se mostrar como uma ruiva fetichista.
6. Frosina (Berta Lohan): Como Gabriela, a Frosina de Amor com Amor se Paga, novela que Ivani Ribeiro escreveu em 1984, conquistou o patrão, o sovina Nonô Correia (Ary Fontoura), e, devido ao sucesso que a dupla fez na época, terminou casada com ele.
7. Rose (Camila Pitanga): O mito da Cinderela é frequentemente usado nas novelas, que já juntaram vários casais de patrão e empregada. Outro dia desses, era a Rose de Cama de Gato (2010) que conquistava o milionário Gustavo (Marcos Palmeira) e deixava os tempos de faxina para trás.
8. Maria Cesária (Lucy Ramos): Outra que tinha pose de princesa era a Maria Cesária de Cordel Encantado (2011). Com dotes notáveis na cozinha, ela começou a novela como empreguete do prefeito de Brogodó, mas acabou como rainha de Seráfia depois de conquistar o rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia).
9. Ritinha (Juliana Paes): Nem toda empreguete sedutora se dá bem no final. Com o mesmo sorriso que a Gabriela lança para o Nacib, a Ritinha de Laços de Família(2000) despertou a cobiça do marido cafajeste da patroa, Danilo (Alexandre Borges) e acabou engravidando dele, para desespero de Alma (Marieta Severo). Mas quem terminou com o bonitão foi a patroete, já que Ritinha morreu no parto. A história fez tanto sucesso que deslanchou a carreira da estreante Juliana Paes.
10. Nice (Susana Vieira): Cinderela arrivista, a babá Nice passou toda Anjo Mau, de Cassiano Gabus Mendes, tentando conquistar o filho dos patrões, Rodrigo (José Wilker). Ela se apaixonou sinceramente por ele e conseguiu levá-lo ao altar mas, como a Ritinha de Laços de Família, morreu no parto do filho. O papel foi de Susana Vieira em 1976 e de Glória Pires, no remake de 1998 – a versão de Glória teve final feliz.
Veja também:
Nenhum comentário :
Postar um comentário