Hobby de Robson Silva 'contaminou' toda a família.
Apesar da fama de 'doidão' entre amigos dos filhos, servidor é pai prudente.
Comente agora
Robson Conceição da Silva, de 54 anos, é exemplo para os filhos William, de 25, Joyce, de 23, e Jonathas, de 14, até mesmo quando o assunto é motociclismo. Na maioria do tempo, o servidor público e educador físico é um pai convencional, mas, nas noites de sextas-feiras, troca a rotina do trabalho em um hospital de Belo Horizonte pelos encontros do motoclube “Garrotes do Asfalto”. O hobby, que vem desde a juventude, tornou-se motivo de união na casa da família Silva. “Contaminei todo mundo”, diz Robson sobre a paixão pelas duas rodas.
Convidado por um colega de trabalho, passou a fazer parte do motoclube em 1999. Primeiro, começou a frequentar os encontros com a mulher, Rosimary Gonçalves Ribeiro Silva, de 48 anos. “Ela foi animando, eu animei também e fui chamando os meninos. Eles gostaram e, desde então, não pararam mais”, revela Robson.
Não conseguiria estar em um lugar sem eles"
Robson da Silva, pai motociclista
Nestes 13 anos como integrante do grupo, Robson percorreu muitos quilômetros para participar de encontros de motociclistas e sempre fez questão da companhia dos filhos. “Não conseguiria estar em um lugar sem eles”, afirma. Por isso, algumas vezes preferia trocar as duas rodas pelas quatro rodas – e seguir viagem de carro ou de ônibus – só para poder levar toda a família. Para a universitária Joyce, o hobby do pai é um estímulo para aproximação. “É um programa que todo mundo gosta”.
Todos os filhos se renderam à paixão do pai, mas, no caso do mais velho, William, o encantamento pelas motocicletas influenciou até mesmo na hora da escolha da profissão. “Desde pequenininho, eu acompanhava meu pai. Então, a paixão por moto, mecânica, motor foi despertando”, diz o estudante de engenharia mecânica.
O caçula Jonathan, que cursa o 9º ano, ainda está longe de prestar vestibular, mas já dá sinais de que a paixão pelos roncos dos motores e pelas cilindradas também vai contar na hora da escolha do curso. “Quero fazer engenharia mecatrônica”, enfatiza. O gosto pelas motocicletas é tanto, que, aos 14 anos, o mais novo da família Silva já fala em transmitir esse hobby aos futuros netos de Robson.
William, Joyce e Jonathan contam que ter um pai motociclista, fora dos padrões, chama a atenção dos amigos. Eles revelam ter ouvido muitas vezes comentários de colegas, como “seu pai é doidão”, “olha o tamanho da moto dele”.
Apesar da fama entre os amigos dos filhos, Robson é um pai prudente. O único que tem a autorização dele para pilotar é William. E para poder deixar a garupa, assumir a direção de uma moto e completar o brasão do motoclube, o estudante precisou vencer etapas estipuladas pelo pai. Somente depois de um ano de experiência no volante, pôde tirar a habitação para moto.
William, Joyce e Jonathan contam que ter um pai motociclista, fora dos padrões, chama a atenção dos amigos. Eles revelam ter ouvido muitas vezes comentários de colegas, como “seu pai é doidão”, “olha o tamanho da moto dele”.
Apesar da fama entre os amigos dos filhos, Robson é um pai prudente. O único que tem a autorização dele para pilotar é William. E para poder deixar a garupa, assumir a direção de uma moto e completar o brasão do motoclube, o estudante precisou vencer etapas estipuladas pelo pai. Somente depois de um ano de experiência no volante, pôde tirar a habitação para moto.
Debaixo do colete de couro preto, Robson esconde a fórmula para a boa relação com os filhos: liberdade, democracia, amizade, humildade e disciplina. Além de regerem a família do motociclista, muitos desses valores são compartilhados pelos integrantes do “Garrotes do Asfalto”. “Os meus filhos aprenderam também a seguir as regras do motoclube como uma forma de filosofia de vida”. Segundo Robson, ao contrário do que muitos pensam, o ambiente do grupo que frequenta se assemelha bastante ao familiar. Como exemplo, ele cita a valorização das pessoas pelo que são e não pelo que têm. “O motoclube não tem nenhuma distinção de tipo de moto, entra lá a que der para você rodar. Aliás, é uma coisa que eu acho interessante nesse motoclube. Lá não tem um mínimo de cilindrada. O importante não é a moto que você tem, é a pessoa que você é”, explica.
saiba mais
Para a mulher de Robson, o marido está longe de ser um “pai doidão”. “Eu admiro tudo nele. É um pai presente, amigo dos meninos. Mas na hora que precisa, também puxa a orelha. É um ótimo pai”, afirma Rosimary. Para os filhos, o companheirismo, o gosto por novidade e a vontade de manter todos sempre juntos são motivos de admiração.
Diante de tantos elogios, Robson troca a pose de motociclista por lágrimas discretas. “É interessante ouvir a opinião deles, nunca tinha tido essa oportunidade. É até emocionante, porque eu amo a minha família. Na verdade, a paixão mesmo é isso aqui, é estar junto”, revela emocionado.
Diante de tantos elogios, Robson troca a pose de motociclista por lágrimas discretas. “É interessante ouvir a opinião deles, nunca tinha tido essa oportunidade. É até emocionante, porque eu amo a minha família. Na verdade, a paixão mesmo é isso aqui, é estar junto”, revela emocionado.
Nenhum comentário :
Postar um comentário