Lisboa, 21 dez 2012 (Ecclesia) – A celebração do Natal num contexto de crise realça o significado da festa na vida pessoal e comunitária como momento de “esperança e renovação”, sustenta o professor universitário Fernando Micael Pereira.
“As sociedades em que os bens são mais escassos, como a sociedade tradicional portuguesa tão inspirada pelo cristianismo, compreenderam bem a razão de ser das festas e de elas serem espaçadas ao longo do ano”, destaca o sociólogo, em texto publicado no Semanário Agência ECCLESIA. Para este especialista em Ciências Sociais, a festa é “fundamental para quem quer viver uma vida com enredo comum”, com um sentido que se pode “renovar e partilhar com outras pessoas”. “São ainda mais importantes para quem sente as dificuldades da vida, sejam elas económicas ou de outra ordem: para quem tem falta de esperança, de felicidade, de alegria, de acompanhamento, de bem-estar seja em que domínio for”, acrescenta o docente. Para o especialista, o Natal é “um dos três grandes marcos festivos da cultura portuguesa”, nos quais inclui a Páscoa e as festas de verão, distinguindo-se por ser “a mais terna e encantadora”. “Façamos festa, tenhamos e criemos boas festas na plenitude de sentido da expressão. Bem precisamos delas para sermos capazes de alimentar a esperança, o trabalho, a mudança de vida que tão necessária é”, conclui Micael Pereira. O padre José da Cunha Duarte, pároco na Diocese do Algarve e autor de várias obras, aborda por sua vez as ‘tradições natalícias’. OC |
22/12/2012
Natal: Crise dá outro sentido à festa
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