Conclusão da obra encomendada por docente de geografia levou 8 meses.
Com 79 anos, ele investiu em materiais luxuosos para adornar a sepultura.
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Um professor de geografia de Franca (SP) investiu R$ 30 mil na construção do próprio túmulo para quando morrer. A suntuosa sepultura encomendada por José Santana Lima, de 79 anos, levou oito meses para ser concluída e chama a atenção. Lima, inclusive, já mandou instalar a placa em bronze com a foto dele colorida e o nome, além de uma homenagem para resumir o que ele fez durante a vida.
Por enquanto, o túmulo está vazio e a data do falecimento em branco, sem pressa para ser preenchida, diz ele. "Isso aqui a gente está deixando aí. Vai ter 30, 40, 50 anos, depois vem prorrogação, vai ter desconto, um monte de coisa que tem pela frente. Não é para agora não."
A obra impressiona pela luxuosidade. Feita em mármore com 3 metros de altura, a sepultura leva na ponta uma bandeira igual a outra que Lima tem em frente de casa, simbololizando a defesa do meio ambiente. "Tudo o que eu faço na minha vida, eu tento fazer da melhor maneira possível. Procurei fazer o túmulo bonito não para aparecer, mas para dar exemplo", comenta o professor.
Quadra oito, sepultura 25 do Cemitério da Saudade. Esse vai ser o endereço eterno do professor, que sempre faz uma visita o local e arruma as flores. "Aqui é o lugar onde eu quero que sejam colocados os meus restos mortais. A alma, Deus é que vai saber para onde Ele vai levar", disse o bem humorado docente.
Segundo Lima, a sepultura foi feita ainda em vida porque ele queria que o túmulo ficasse exatamente como desejava. Exigente, ele treinou os funcionários do cemitério para que nenhum problema aconteça no dia do enterro. "Não tenho expectativa [de morrer], não é para agora", diz rindo Lima.
Francano de coração
De família simples, o professor nasceu na Bahia e morou com outros 10 irmãos em uma fazenda. Mas os pais morreram e ele quis fazer uma homenagem. Reformou o túmulo no cemitério baiano e colocou uma placa com os nomes do pai Manoel e da mãe Leonor. "O túmulo do meu padrinho era de granito, muito bonito. O que meu pai construiu, onde ele e minha mãe foram sepultados, era muito humilde, por isso resolvi reformá-lo", explicou o idoso.
De família simples, o professor nasceu na Bahia e morou com outros 10 irmãos em uma fazenda. Mas os pais morreram e ele quis fazer uma homenagem. Reformou o túmulo no cemitério baiano e colocou uma placa com os nomes do pai Manoel e da mãe Leonor. "O túmulo do meu padrinho era de granito, muito bonito. O que meu pai construiu, onde ele e minha mãe foram sepultados, era muito humilde, por isso resolvi reformá-lo", explicou o idoso.
Já em Franca, Lima trabalhou como eletricista, técnico de segurança e hoje é professor de geografia. Casado, tem cinco filhos e uma vida bem melhor no interior de São Paulo. "Devo tudo a Franca, hoje em dia me considero um francano", concluiu o docente.
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