MUNDO
Zimbabué
Texto Francisco Pedro | Foto Lusa | 04/01/2013 | 07:45
Presidente da Comissão dos Direitos do Zimbabué apresentou a demissão, alegando falta de recursos e excessiva subordinação ao governo. O advogado tinha assumido o cargo o ano passado
IMAGEM
A poucos meses das eleições no Zimbabué, o professor e advogado Reginald Austin renunciou ao cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos, invocando uma exagerada subordinação ao governo e falta de recursos para cumprir com as tarefas atribuídas àquele organismo.
O ex-reitor da Faculdade de Direito da Universidade de Harare tinha assumido a presidência da comissão ano passado, após um acordo entre os partidos do governo de união nacional, formado na sequência da crise política pós-eleitoral, de 2008. Uma das tarefas do organismo consistia na fiscalização de eventuais violações dos direitos humanos nas eleições deste ano.
Segundo o periódico «News Day», citado pela agência Misna, a renúncia de Austin pode ser um sinal de que a comissão não está em condições de assegurar o acompanhamento do ato eleitoral de forma adequada. Além de estar sob a tutela do governo, o presidente demissionário terá alegado que o organismo tem poucos recursos financeiros e falta de poder no plano judicial.
Para muitos observadores, 2013 será um ano importante para o Zimbabué, pois estão previstas várias consultas à população: um referendo à nova Constituição, eleições legislativas e presidenciais. E teme-se uma reedição dos confrontos entre os apoiantes do presidente Robert Mugabe e as duas fações do Movimento para a Mudança Democrática do primeiro-ministro Morgan Tsvangirai.
O ex-reitor da Faculdade de Direito da Universidade de Harare tinha assumido a presidência da comissão ano passado, após um acordo entre os partidos do governo de união nacional, formado na sequência da crise política pós-eleitoral, de 2008. Uma das tarefas do organismo consistia na fiscalização de eventuais violações dos direitos humanos nas eleições deste ano.
Segundo o periódico «News Day», citado pela agência Misna, a renúncia de Austin pode ser um sinal de que a comissão não está em condições de assegurar o acompanhamento do ato eleitoral de forma adequada. Além de estar sob a tutela do governo, o presidente demissionário terá alegado que o organismo tem poucos recursos financeiros e falta de poder no plano judicial.
Para muitos observadores, 2013 será um ano importante para o Zimbabué, pois estão previstas várias consultas à população: um referendo à nova Constituição, eleições legislativas e presidenciais. E teme-se uma reedição dos confrontos entre os apoiantes do presidente Robert Mugabe e as duas fações do Movimento para a Mudança Democrática do primeiro-ministro Morgan Tsvangirai.
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