22/02/2013

Concorrentes ao Oscar de melhor filme já faturaram US$ 2 bilhões


Cena do filme 'Argo', estrelado e dirigido por Ben Affleck (Foto: Divulgação)Cena do filme 'Argo', estrelado e dirigido por Ben
Affleck (Foto: Divulgação)
Da Reuters
Os estúdios responsáveis pelos nove filmes que concorrem no domingo ao Oscar de melhor filme já conquistaram um prêmio importante: juntos, eles faturaram US$ 2 bilhões nas bilheterias mundiais, sendo que seis deles, como "Argo" e "Lincoln", arrecadaram pelo menos US$ 100 milhões cada apenas no mercado dos EUA e Canadá.
"Você tem filmes que estão ressoando junto ao público", disse Keith Simanton, editor-gerente do site de cinema IMDb.com. "Essa é a feliz confluência entre comércio e arte." No ano passado, só um indicado ao Oscar de melhor filme, o drama histórico "Histórias cruzadas", chegou à marca dos US$ 100 milhões nas bilheterias da América do Norte, segundo o site Box Office Mojo.
"O artista", filme sem falas e em preto e branco que levou o prêmio, faturou apenas US$ 45 milhões nas salas de exibição da América do Norte.
Mesmo depois da cerimônia do Oscar, e com toda a publicidade relacionada, o faturamento global dos nove filmes concorrentes no ano passado ficou em US$ 1,2 bilhão.
A inclusão entre os indicados de filmes com maior apelo comercial é em parte proposital. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, que concede o Oscar, já foi criticada por favorecer filmes "de arte", "adultos", vistos por poucas pessoas  criando assim um descompasso com o público adolescentes e jovem, mais interessado em "blockbusters" cheios de ação.
Lincoln (Oscar 2013) (Foto: Globo News)Cena de 'Lincoln' (Foto: Divulgação)
As queixas se intensificaram depois que "Batman: O cavaleiro das trevas" foi esnobado, em 2008, apesar dos elogios da crítica e de ter faturado US$ 1 bilhão nas bilheterias. Em 2009, a Academia decidiu permitir dez indicados a melhor filme, em vez de cinco, o que abriu espaço para mais filmes com grandes públicos.
A bilheteria média nos EUA e Canadá dos filmes indicados neste ano foi de US$ 103 milhões, segundo o IMDb, contra US$ 70 milhões no ano passado. A popularidade da safra deste ano reflete a capacidade dos estúdios de fazerem filmes melhores com orçamentos menores, segundo Adam Fogelson, presidente da Universal Pictures.
Em anos anteriores, disse ele, um filme talhado para o Oscar e com elenco de primeira como "Os miseráveis" custaria tanto que os executivos não teriam como aprovar sua realização. Mas a Universal conseguiu controlar os custos da produção e negociou criteriosamente os cachês dos atores, mantendo o orçamento em US$ 60 milhões. "Alguns dos filmes indicados foram feitos só porque puderam ser feitos por um preço", disse Fogelson.
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