A água que escorre pelos 15 metros de queda da Cachoeira da Fumaça, na cidade de Carrancas, em Minas Gerais, parece límpida e pura. Muitos dos milhares de turistas que a visitam anualmente não desconfiam que a água é contaminada por esgoto doméstico e fezes de gado. O mesmo acontece noutros pontos turísticos do Brasil. São lagos, praias e represas que perdem seu potencial para turismo e lazer pela água suja e imprópria para uso. Há várias causas para a contaminação: insuficiência do sistema de coleta e tratamento de esgoto e ausência de mata em torno de lagos e rios. Há também a falta de educação da população, que joga lixo nas ruas e nas águas. De acordo com o Instituto Trata Brasil, criado pelas empresas de saneamento, o país investe apenas 0,22% do PIB no tratamento d’água. Nos países limpos, o investimento é o triplo. Esses, sim, têm motivos para comemorar, no próximo dia 22 de março, o Dia Mundial da Água.
Revista Época
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