O escuteiro mais antigo do Corpo Nacional de Escutas (CNE) chama-se Luís Barbosa, tem 85 anos, e reserva todos os sábados para estar os mais novos em Braga, cidade onde reside. «Quando tenho tempo livre estou no agrupamento, e eles sempre que precisam de mim ligam-me para o telefone e eu apareço», explicou, adiantando que esta foi a forma que encontrou para retribuir o que lhe foi dado pelo escutismo.
«Eu fui auxiliado pelo CNE até aos meus 20 anos. Devo muita da minha educação ao movimento, mas também dei à associação tudo o que pude dar e vou continuar a retribuir», referiu. Nascido a 25 de fevereiro de 1928, o escuteiro português entrou para o movimento aos dez anos de idade, numa época em que «eram só rapazes», recorda.
Dos tempos da sua infância e adolescência passados na associação, Luís Barbosa tem na memória os acampamentos, passeios e as «grandes festas dos grupos». Para o escuteiro de Braga, a sua idade não é um entrave à sua participação, e deixar o escutismo é algo em que não pensa. «Nem estou cansado, nem estou aborrecido com o movimento e sempre que possa estou com eles», disse à FÁTIMA MISSIONÁRIA.
Para o próximo dia 26 de maio, Luís Barbosa tem já um compromisso: assistir à missa de ação de graças na Sé de Braga, uma cerimônia que vai assinalar os 90 anos do CNE, e que irá decorrer na cidade onde o movimento nasceu em 1923. À celebração seguir-se-á uma romagem ao túmulo de Manuel Vieira de Matos, fundador do movimento e antigo arcebispo de Braga. «Orgulhoso» pelo seu percurso no CNE, Luís Barbosa confessou que tem «muita» esperança e fé nos jovens portugueses.
Fátima Missionária
Nenhum comentário :
Postar um comentário