A ideia é que esses equipamentos possam captar com mais precisão as infrações cometidas na Capital
Quem já está acostumado com as conhecidas caixas brancas nas quais ficam abrigados os fotossensores de Fortaleza pode perceber que, nos últimos meses, os tradicionais equipamentos estão, aos poucos, dando lugar a novos aparelhos, diferentes tanto na aparência quanto nas funções. Mais modernas, as ferramentas de fiscalização prometem captar com mais precisão os diversos tipos de infrações cometidas pelos motoristas.
Os aparelhos tradicionais estão sendo substituídos por três diferentes tipos de ferramentas, cujos formatos são adequados de acordo com os locais onde devem ser instalados e o tipo de infração que pretendem fiscalizar FOTO: KID JÚNIOR
Ao todo, segundo a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC), Fortaleza conta com 244 fotossensores. Cerca de 122 antigos já foram substituídos desde janeiro. Além disso, 40 novos locais da Cidade irão receber equipamentos até junho, prazo máximo para a conclusão do serviço.
Segundo o órgão, os aparelhos tradicionais estão sendo trocados por três diferentes tipos de ferramentas, cujos formatos são adequados de acordo com os locais onde devem ser instalados e o tipo de infração que pretendem fiscalizar.
Um dos novos modelos adquiridos monitora os delitos cometidos nos semáforos, como avanço de sinal, parada sobre a faixa de pedestres, além de conversões e retornos proibidos. Já os outros equipamentos vistoriam, prioritariamente, infrações por excesso de velocidade. Conforme a AMC, todos os aparelhos podem estar localizados junto às sinaleiras ou em meio de quadra, dependendo das funções que desempenham.
O órgão explica que a substituição não se deu por falhas nos fotossensores antigos nem pela necessidade de aumentar a quantidade de equipamentos, mas, sim, ao fim do contrato referente às ferramentas anteriores
Com a instalação dos fotossensores mais modernos, a expectativa é, além de inibir as infrações que causam acidentes, gerenciar melhor o trânsito. Segundo a AMC, os aparelhos transmitirão vídeos em tempo real para a Controle de Tráfego em Área de Fortaleza (CTAFOR), permitindo que a central identifique os locais de ocorrência de incidentes que prejudiquem a fluidez e segurança do trânsito e acione as medidas necessárias para solucionar os problemas.
Falta de informação
Muitos motoristas, no entanto, ainda não sabem da mudança e, por conta disso, acabam se tornando alvos fáceis para a aplicação de multas. O taxista Ricardo Fonteles, por exemplo, conta que, embora já tenha percebido os fotossensores recém-instalados em vários pontos da cidade, ainda desconhece como eles estão sendo utilizados pela AMC. "Quando vi pela primeira vez, fiquei me perguntando para que servia. Acho que deve ser para visualizar melhor a placa do carro e facilitar a fiscalização, mas não tenho certeza", afirma.
Outro que também não sabe ao certo de que forma os novos aparelhos funcionam é o motoboy Francisco Regieldo Silva. Segundo ele, muitos motoristas sentem dificuldades para ver os equipamentos devido às cores das ferramentas e aos locais em que foram instalados. "O ideal seria que eles fossem vermelhos, porque não é todo mundo que consegue ver os lugares onde eles estão", reclama o motoboy.
A AMC afirma que todos os aspectos físicos dos novos aparelhos, como formatos e cores, foram definidos pelo fabricante vencedor da licitação atual. O órgão também destaca que sinaliza, por meio de placas e pinturas na pista de rolamento, os pontos em que os fotossensores estão sendo implantados.
Diário do Nordeste
Nenhum comentário :
Postar um comentário