"Estamos aguardando apenas a chegada a Porto Velho da carta precatória com o alvará de soltura. Alexander deve ser colocado em liberdade até esta terça-feira (23)", disse a advogada Adriana Vilela, que representa Polegar.
Polegar foi condenado a 22 anos de prisão por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Além disso, o Ministério Público o acusa de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele deixou o presídio em dezembro de 2009 em regime semiaberto após cumprir um sexto da pena, e nunca mais voltou. O traficante se refugiou no Morro do Alemão, quando quase foi preso em 2010, durante a operação de pacificação da Polícia. Na ocasião, ele conseguiu fugir para o Paraguai.
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Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, Polegar também foi responsável por comandar um ataque em 2001 à Polinter, resultando na fuga de 14 presos. Antes de ser preso no Paraguai, o Disque-denúncia oferecia uma recompensa de R$2 mil para qualquer informação sobre o traficante.
Polegar está hoje na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Em 21 de março deste ano, quando faltavam 2 anos e 1 mês de pena a ser cumprida, a Justiça Federal de Rondônia declarou a condenação extinta, com base no indulto natalino de 2012. Polegar, no entanto, permaneceu preso devido a um mandado de prisão preventiva, expedido em 3 de abril de 2012, num processo de homicídio que tramita no 4º Tribunal do Júri do Rio. Mas em 11 de abril deste ano, a 5ª Câmara Criminal do TJ-RJ concedeuhabeas corpus a Polegar.
Os desembargadores entenderam que o decreto de prisão preventiva era ilegal, já que o crime em questão ocorreu em 2003. "Por unanimidade, concederam parcialmente a ordem por entenderem que restou caracterizada a ilegalidade do decreto prisional, decorridos quase dez anos dos fatos, estabelecidas as medidas cautelares de comparecimento mensal ao juízo e proibição de ausentar-se da região metropolitana". O Ministério Público do Rio vai recorrer da decisão.
Berço da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, o Morro da Mangueira era uma das favelas mais violentas da cidade. A favela, controlada por traficantes, foi ocupada pelas forças de segurança em junho de 2011, e ganhou uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em novembro do mesmo ano.
bc
Revista Época
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