O Papa Francisco apelou ontem, 24, à diminuição da burocracia na Igreja Católica, afirmando que entidades como o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), conhecido como o Banco do Vaticano, são necessárias só “até certo ponto”. “Quando quer vangloriar-se da sua quantidade e cria organizações, departamentos, tornando-se um pouco burocrática, a Igreja perde a sua substância principal e corre o risco de transformar-se numa ONG. A Igreja não é uma ONG, é uma história de amor”, disse, na homilia da missa a que presidiu esta manhã na capela da Casa de Santa Marta, no Vaticano. Entre os participantes na celebração estavam funcionários do IOR, a quem o Papa se dirigiu. “Desculpem-me: tudo é necessário, os departamentos são necessários, e é bom que assim seja, mas são necessários apenas até um certo ponto: como ajuda a esta história de amor”, precisou. Segundo Francisco, quando a organização “toma o primeiro lugar” a Igreja segue um rumo errado. “O caminho que Jesus quis para a sua Igreja é outro: o caminho das dificuldades, a estrada da cruz, das perseguições. Isto faz-nos pensar: que é esta Igreja? Esta nossa Igreja não parece ser um empreendimento humano”, acrescentou. O Papa realçou, a este respeito, que a Igreja não cresce por ação da “força humana” e que alguns cristãos entenderam mal esta realidade “por razões históricas”, recrutando exércitos e promovendo “guerras de religiões”. A Igreja, concluiu, é uma “mãe” que segue em frente “com a força do Espírito Santo”. OC
Agência Ecclesia
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25/04/2013
Papa quer Igreja menos burocrática
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