Participei de três celebrações na cidade, duas na Solenidade de Corpus Christi. Numa delas a procissão foi embaixo de chuva. É um povo que manifesta sua fé com firmeza. Estive também por três dias no interior, na região da Serra da Lua, visitando e celebrando nas comunidades indígenas Wapixana e Macuxi, junto com dom Roque, padre Urbano (Jesuíta) e Irmã Mônica (Filhas da Caridade). Nessa convivência e visitas, percebi como andam nossos missionários, sua aproximação com o povo. Eles enfrentam muitos mosquitos, o calor, andam no barro e nas estradas inseguras. Mas por outro lado, são bem acolhidos e fazem um trabalho importante de valorização desses povos.
A diocese de Roraima, com um território de 224.299 Km2 e aproximadamente 500 mil habitantes, tem cerca de 70 missionários e missionárias entre padres, religiosas(os) e leigos(as). Possui áreas indígenas de diferentes etnias e uma capital em crescimento populacional. Boa Vista tem cerca de 300 mil habitantes e grandes desafios urbanos, seja a violência, drogas, desemprego, atendimento de saúde péssimo, casas precárias, etc. Vida difícil de um povo, partilhada pelos missionários que também vivem nesse meio.
Em tudo isso, é bonito ver a organização das comunidades e da diocese. Há ajuda e apoio aos missionários que trabalham nas regiões mais carentes, em um compromisso conjunto. Percebe-se uma verdadeira Igreja missionária. Diante dos grandes desafios, da pobreza e das perseguições, existe solidariedade, partilha e compromisso com o Evangelho, com os mais pobres, em busca da construção do Reino de Deus. Parabéns à Igreja em Roraima com seu bispo, missionários, missionárias e lideranças.
* Padre Camilo Pauletti, diretor das Pontifícias Obras Missionárias.
Fonte: www.pom.org.br
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