De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ceará gerou, em junho deste ano, 11.126 postos de trabalho com carteira assinada. Conforme o MTE, este é o melhor resultado da série histórica do Caged no Estado para o mês de junho, superando o observado em junho de 2008, até então o melhor, quando foram criadas 9.563 vagas no Ceará. Já em igual período do ano passado, foram gerados 3.926 postos.
O setor de Serviços foi o que registrou a maior expansão do emprego ( +6.229)
FOTO: WALESKA SANTIAGO
O desempenho obtido no sexto mês deste ano foi influenciado pela expansão do emprego formal em sete dos oito setores acompanhados pelo Caged, com destaque para Serviços, onde foram gerados 6.229 postos de trabalho; Indústria de Transformação, com a criação de 2.273 vagas; e Agropecuária, que teve um saldo positivo de 1.189 postos de emprego formal.
As demais expansões foram observadas na Construção Civil (694), Comércio (664), Extrativa Mineral (53) e Serviços Industriais de Utilidade Pública. Já o emprego na Administração Pública não registrou variação em junho, segundo o levantamento.
Com relação à distribuição dos postos de trabalho no Estado, o Caged mostra que, das 11.126 vagas criadas em junho, 6.544 foram na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Somente na Capital, foram gerados 5.220 empregos celetistas. O segundo maior saldo, por município, foi anotado em Sobral, onde foram criados 1.896 postos de trabalho no último mês de junho.
Ranking nacional
De acordo com o Caged, a geração de empregos celetistas no Ceará, em junho, foi a terceira maior do País, ficando atrás apenas de São Paulo (33.896) e Minas Gerais (28.064).
Após o Ceará, os estados que mais criaram vagas de trabalho foram Goiás (7.870), Rio de Janeiro (7.831), Mato Grosso (6.943), Paraná (5.257) e Santa Catarina (5.257).
Semestre positivo
Ainda conforme os dados do Caged, divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, entre janeiro e junho deste ano, o Ceará registrou a criação de 13.152 postos de trabalho com carteira assinada, considerando a série com ajustes.
Em comparação com igual período do ano passado, o incremento foi de 1,15%. Tal desempenho foi fortemente influenciado pelo resultado obtido em junho, uma vez que, além do mês passado, a geração de emprego no Estado só foi positiva nos meses de fevereiro, abril e maio. Em março e, sobretudo, em janeiro, ocorreram fortes quedas no emprego formal no Ceará.
No País
Em todo o Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego informou que foram criadas 123.836 vagas celetistas no mês de junho, o que representou um crescimento de 0,31% em relação ao estoque do mês anterior. No ano o total acumulado de empregos foi de 826.168 postos de trabalho, uma expansão de 2,09% no nível de emprego.
Na avaliação do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o resultado do mês mantém a tendência de crescimento do emprego, visto que a geração de vagas no mês supera ligeiramente o registrado em junho do ano passado e o número de empregos do maio desse ano, quando foram geradas 72.028 vagas formais. "Foi um bom resultado para o mês, se considerarmos as condições do emprego no atual momento. A expectativa é que esse comportamento seja a continuidade da trajetória de crescimento", afirmou.
Conforme o Ministério, o total de admissões no mês foi de 1.772.194, o segundo maior para o mês e o de desligamentos atingiu 1.648.358, o maior para o período. Considerando o recorte geográfico, todas as grandes regiões elevaram o nível de emprego, com destaque para o Sudeste (+68.826), seguido do Nordeste (+20.561), Centro Oeste (+16.007), Sul (+14.101) e Norte (+4.341).
Diário do Nordeste
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