Taylor Schilling é protagonista de 'Orange is the new black', do Netflix.
Ao G1, autora de livro que inspirou seriado diz: 'Ela é diferente de mim'.
Quando escreveu o livro "Orange is the new black", Piper Kerman esperava apenas compartilhar as histórias dos 13 meses em que viveu numa prisão feminina nos Estados Unidos, entre 2004 e 2005. Lançada em 2010, a obra foi escolhida por Jenji Kohan, criadora de "Weeds", para se transformar em uma série, cuja primeira temporada de 13 episódios está disponível no Netflix desde 11 de julho. (Assista ao trailer ao lado)
Kerman esteve no Brasil, na última segunda-feira (15), para conversar sobre a adaptação protagonizada por Taylor Schilling ("Um homem de sorte"), que não pode vir por ordens médicas, mas concedeu entrevista por telefone simultaneamente. Ao G1, a autora disse que conheceu a atriz no set de filmagens do primeiro episódio e que a personagem principal da série, Piper Chapman, tem vida própria mesmo sendo baseada nela.
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"Ela é diferente de mim, mas funciona muito bem. Acho fascinante esse processo de adaptação do livro. Na trama, há novos personagens, outras mulheres, e cada uma tem sua própria história. Dependendo do episódio cada uma ganha uma atenção especial", afirma a ex-presidiária. Kerman foi condenada dez anos depois de ter sido cúmplice de sua ex-namorada, a traficante de drogas Alex (na série, vivida por Laura Prepon).
Schilling conta que teve liberdade para criar sua personagem e que esta comédia dramática é um dos projetos mais "empolgantes e bonitos" dos quais já participou. "A Jenji tinha uma ideia bastante definida do que ela queria desde o início. Estou curtindo cada momento deste trabalho. No fim da primeira temporada, eu e a Piper visitamos uma prisão em Nova York e aprendi muito com isso. Vi o trabalho extraordinário que as mulheres estão fazendo para melhorar as condições na prisão e vou levar essa experiência para a próxima temporada", diz.
Kerman, que agora trabalha em uma ONG que acompanha mulheres recém-saídas da cadeia, acredita que o fascínio do público pelas histórias surge pelo fato de ser "um mundo secreto". "A prisão é uma coisa completamente escondida. Essas histórias são uma oportunidade para as pessoas verem o que está acontecendo lá dentro". Se fosse presa hoje, a atriz afirma que estaria mais preparada do que antes de atuar na série. "Acho que seria apavorante. Eu estaria morrendo de medo", diz Schilling.
A atriz Danielle Brooks, que, na trama, é a detenta Tasha "Taystee" Jefferson, também veio ao Brasil e falou ao G1 que se inspirou na série de TV "Beyond scared straight" para criar sua personagem. "Eu amo esse reality show que coloca jovens problemáticos na prisão por um dia. Usei essa informação para aplicar principalmente no décimo episódio do nosso programa", conta.
Brooks acredita que qualquer pessoa pode se identificar com a trama de "Orange is the new black" e elogia a iniciativa do Netflix (serviço de conteúdo por streaming via internet). "Você pode ver quando quiser e isso é incrível. Não precisa esperar semanas ou meses. Está nas suas mãos. O Netflix ouviu essa necessidade das pessoas e ofereceu essa liberdade", afirma.
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