29/08/2013

Catequese deve formar «missionários»

Com o final das férias de verão, o início da escola e da catequese já se avizinha para muitas crianças e jovens do país. Em declarações à FÁTIMA MISSIONÁRIA, António Couto, bispo de Lamego e presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, falou sobre a atividade catequética em Portugal e a dimensão missionária que lhe está associada.

«A catequese tem hoje que ser moldada segundo a ideia missionária» e é necessário desenvolver uma «mentalidade» ligada à missão nas crianças e nos jovens, destacou o prelado. «Não é possível ensinar a catequese tradicional», acrescentou.

De acordo com António Couto, a catequese deveria terminar «no dia em que o jovem se transformasse num anunciador», ou seja, quando o catequizando sentisse a «necessidade» de «ir anunciar a outros a mensagem do Evangelho» tornando-se «catequista ou missionário».

«O missionário não é só aquele que parte para países distantes», disse o bispo de Lamego, acrescentando que a missão pode ser realizada com os «vizinhos, pais, avós» e outras pessoas com as quais o catequizando se relaciona. «Se o jovem não sente a necessidade de comunicar Cristo a ninguém, então não está preparado» para deixar a catequese, advertiu. 

Para o prelado, um «bom catequista é aquele que vive a Mensagem, que a passa bem» e que prepara os jovens para serem anunciadores. Segundo o bispo, os educadores da fé não podem estar «descansados» em relação aos seus catequizandos enquanto não os «transformarem» em evangelizadores. 

As declarações de António Couto foram proferidas na última quarta-feira, 28 de agosto, à margem do Curso de Missiologia, formação em que interviu como docente e que está a decorrer em Fátima até ao próximo sábado, dia 31.


Fátima Missionária

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