22/08/2013

EUA admitem ilegalidade na espionagem eletrônica

A Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos interceptou ilegalmente comunicações eletrônicas entre cidadãos americanos no período 2008-2011, dentro do programa posteriormente abolido por uma sentença judicial, revelou um funcionário nesta quarta-feira.
Um funcionário de alto escalão, que pediu para não ser identificado, disse aos jornalistas que a vigilância indevida foi "resultado de um problema tecnológico, mais do que um excesso da NSA".
Durante três anos, a NSA interceptou e-mails que passaram pelas redes de fibra óptica nos Estados Unidos, mas os diversos programas de interceptação aplicados não foram capazes de separar as mensagens entre pessoas no exterior e as comunicações entre cidadãos americanos, de acordo com informações divulgadas nesta quarta.
Por esse motivo, uma análise feita pela própria NSA avaliou que cerca de 56 mil e-mails trocados entre cidadãos americanos residentes no país foram interceptados por ano, embora a legislação em vigor determine que seja necessário um mandado legal individual para cada caso.
Em 2011, um juiz da Corte de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisc, na sigla em inglês), em decisão mantida inicialmente em sigilo, pôs fim a esse programa, pelo fato de atacar as garantias constitucionais de proteção aos cidadãos americanos. O governo tornou pública essa decisão judicial secreta.
Diversos funcionários de governo concordaram que a decisão de revelar esse plano de vigilância foi adotada para informar o alcance do programa e os problemas técnicos que provocaram seu cancelamento.
As sentenças da Fisc são consideradas "secretas" pela legislação em vigor, mas a decisão de revelar o veredicto de cancelar esse plano específico ocorre em meio ao escândalo provocado pelas denúncias vazadas pelo ex-consultor de inteligência Edward Snowden, que se encontra temporariamente asilado na Rússia e é acusado de espionagem por Washington.
AFP
Dom Total

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