A vítima, o bailarino Igor Xavier, foi torturado e morto a tiros em Montes Claros.
Igor Xavier (à esq.): há 11 anos, torturado e assassinado.
Do site Bhaz
O primeiro júri popular brasileiro de um homicídio motivado por homofobia acontecerá em Belo Horizonte na próxima semana. O julgamento está marcado para o dia 27 de agosto (terça-feira), no Fórum Lafayete, 11 anos após o assassinato do bailarino Igor Xavier, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Os réus, Ricardo e Diego Athayde, que são pai e filho, teriam torturado o rapaz antes de matá-lo com cinco tiros.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Igor estava em um bar, no Centro de Montes Claros, quando foi convidado pelo fazendeiro Ricardo Athayde para ir ao apartamento dele buscar livros que seriam usados na produção de um espetáculo. No imóvel, o homem teria se exaltado ao voltar do banheiro e encontrar o filho abraçado com o bailarino. Por isso, espancou e torturou a vítima.
Em seguida, os suspeitos teriam assassinado o bailarino com cinco tiros, limparam a residência e deixaram o corpo de Igor em uma estrada. Atualmente, eles respondem ao processo em liberdade. A Justiça considerou o assassinato como homicídio duplamente qualificado, podendo prescrever em 20 anos, e transferiu o caso para Belo Horizonte porque considerou que o clamor público poderia interferir no júri.
O deputado federal Jean Willys e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, programam uma viagem até a Capital mineira para acompanhar a sessão, que já foi adiada por três vezes. Em entrevista à Radio Itatiaia, a mãe de Igor, Marlene Xavier , afirmou que espera que “a Justiça seja a grande vencedora”. “A gente não aguenta mais tanta derrota e tanto sofrimento com essa impunidade”, completou.
Dom Total
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