23/08/2013

Núncio de Damasco fala sobre tragédia na Síria

Da Redação, com Rádio Vaticano


Reuters
Imagem do ataque em Damasco, nesta quarta-feira, 21.
O mundo observa atentamente às imagens provenientes da Síria, onde um suposto ataque com armas químicas teria provocado a morte de mais de 1.200 pessoas, muitas das quais mulheres e crianças. A operação foi realizada nesta quarta-feira, 21, no oásis de Ghouta, sudeste de Damasco. Os rebeldes acusam o regime de Assad, o que em contrapartida, rejeita as acusações e fala de manipulação da mídia.

De acordo com testemunhas, além da fila interminável de corpos envolvidos em lenços brancos, há pessoas com dificuldades para respirar ou espuma branca na boca. As evidências, segundo especialistas, são indícios de intoxicação, precisamente, com uso de gás garin, nos bombardeios desta quarta-feira, na periferia de Damasco.

Se confirmado, este seria o mais grave ataque com armas não convencionais dos últimos 25 anos, depois do ataque de Saddam Hussein contra Halabija em 1988 contra os curdos.

Sobre a tragédia, o Núncio Apostólico em Damasco, Dom Mario Zenari, afirmou que as pessoas estão cansadas da guerra e clamam por ajuda dos demais países do mundo para o cessar da violência. “Comoveram todos, creio, todo o mundo essas imagens que circulam pela Internet e nas televisões, é realmente um choque para a comunidade internacional. Aqui as pessoas estão cansadas e acho que realmente lançam um grito de alarme para a comunidade internacional para dizer: ‘Ajudem-nos a parar imediatamente esta guerra! Estamos cansados dessa guerra, não podemos mais! Não se pode continuar assim’. Eu acredito que este grito sobe dos sírios que invocam um esforço maior da comunidade internacional para encontrar imediatamente uma solução política para esta grave crise”.

Segundo Dom Mario, na Síria, é cada vez mais preocupante a situação humanitária. Milhares de pessoas estão se dirigindo para o Curdistão iraquiano, uma área, segundo ele, não equipada para administrar um fluxo tão volumoso de refugiados.

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