04/09/2013

Unidades de saúde são reformadas e ampliadas na Capital

Quatro unidades reformadas, 26 em processo de reforma e ampliação, ordens de serviço assinadas para a construção de nove unidades. A atenção primária da Capital passa por reorganização. Equipes das unidades estão recebendo novos profissionais (mesmo com as desistências dos médicos do programa “Mais Médicos”), e há perspectiva de seleções e concursos até o fim do ano para todos os cargos da saúde.
Além disso, os sistemas de acolhimento, marcação de consulta, assistência farmacêutica, laboratorial e de diagnóstico passaram a ser de responsabilidade do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
“A gente não muda jamais essas emergências (lotadas) sem o foco na atenção primária”, explica a secretária de saúde de Fortaleza, Socorro Martins. Segundo a gestora, não era possível cobrar tudo do profissional quando a estrutura não permitia o trabalho. “Não tem quem queira trabalhar nas unidades sucateadas que temos, por isso, estamos trabalhando nisso e precisamos ter essa paciência”, disse.
Sobre a cobertura das equipes da Estratégia da Saúde da Família (ESF), a secretária informou que pretende cobrir 65% da população. “Se a gente for trabalhar com área de risco, vamos cobrir 100%, que é a nossa prioridade.”
Na última segunda-feira, O POVO mostrou que há necessidade de 625 equipes de ESF completas para cobrir a Capital, que hoje só dispõe de 313. 
Unidade piloto

A unidade Edmar Fujita, no bairro Castelão, foi reinaugurada em junho e é apontada pelo coordenador da atenção primária do município, Rômulo Fernandes, como referência.
O coordenador da unidade, Alexandre Lima, ressalta que são três equipes de ESF, todas completas e com médicos de família. Além disso, outros dois médicos residentes em saúde da família também atuam na unidade.
Lima destaca a presença de universitários da área da saúde na unidade como parte do currículo dos cursos, o conforto maior da estrutura, assim como o melhor funcionamento dos serviços da farmácia e realização de exames.

Mesmo com muitos pontos positivos, ele relata a necessidade de formar mais uma equipe de ESF, pois um dos grupos atende uma população de sete mil pessoas, quando o máximo deveria ser 4 mil.
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Sem fardamento

Indispensável para a identificação profissional de qualquer categoria, o fardamento não é fácil para os agentes de saúde.


Muitos atuam sem fardamento, com fardas muito antigas ou blusas identificadas que eles mesmos mandaram confeccionar.
Segundo a SMS, um processo licitatório está ocorrendo para o fornecimento do fardamento dos agentes.
Algumas atribuições dos agentes: trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida; orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; acompanhar todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade.
Fonte: Política Nacional de Atenção Básica

Resumo da série
O POVO mostrou o déficit de equipes completas de Estratégia da Saúde da Família em Fortaleza, assim como a chegada dos novos médicos e as mudanças que a Prefeitura indica para a área, com construções, reformas e reorganização do sistema de saúde.

O Povo

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