A Argentina é o primeiro produtor mundial de biodiesel
A Argentina protestará junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) assim que entrar em vigor o pacote de medidas antidumping aprovado pela Europa e que prejudica as exportações de biocombustíveis, informou nesta terça-feira a chancelaria em Buenos Aires.
"A magnitude do prejuízo que causará a medida protecionista para uma indústria que se desenvolveu de maneira dinâmica e inovadora não deixa outra opção que acionar de imediato o Entendimento de Solução de Diferenças (ESD) da OMC, assim que entrar em vigor", destacou a chancelaria argentina.
Os países da União Europeia (UE) decidiram, por "ampla maioria", aprovar a proposta da Comissão para aumentar as tarifas sobre importações do biodiesel produzido na Argentina, informou à AFP em Bruxelas uma fonte ligada ao expediente.
A Comissão Europeia havia proposto a adoção de uma tarifa sobre o biodiesel argentino de entre 22% e 25%, segundo fontes do setor, atendendo a uma queixa de produtores europeus contra as exportações da Argentina.
Nos últimos três anos, as exportações de biodiesel argentino para a União Europeia (UE) foram de 1,5 milhão de toneladas, em média, mas em 2013 não devem superar as 500 mil toneladas, segundo a câmara argentina de indústrias do setor.
A Argentina é o primeiro produtor mundial de biodiesel, fabricado a base de soja, com uma produção em 2012 de 2,5 milhões de toneladas, das quais 1,6 milhão foram destinadas a exportação.
A patronal argentina recordou que a CE "adotou em maio passado medidas provisórias antidumping contra o biodiesel argentino com uma taxa média de 8%", o que reduziu as exportações em 75% em relação a 2012.
A Argentina destina à UE 90% de suas exportações de biocombustíveis.
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