Manila. O engenheiro químico cearense Daniel Christoffel Antunes, estava na cidade de Isabel, na província de Leyte (leste das Filipinas), no dia em que o supertufão Hayian atingiu o país. Em entrevista ao Diário do Nordeste pela rede social Facebook, a mãe dele, Vita Christoffel, disse que o filho já fez pelo menos dois contatos telefônicos desde a catástrofe que deixou entre 2 e 10 mil mortos (as estimativas oficial e extraoficial são divergentes) e mais de 600 mil pessoas desabrigadas.
Na foto da esquerda, Daniel Christoffel aparece com a mãe, Vita e a irmã Luana. À direita, cena da região de Leyte, nas Filipinas Fotos: Arquivo pessoal/Reuters
"Tivemos dois contatos rápidos com ele. Eles estão sem energia e um único telefone de cartão para todos. Ainda não sabemos quando ele vai retomar o contato com a gente", relatou a mãe de Daniel. Nas redes sociais também é grande a mobilização de parentes e amigos em busca de notícias do cearense. Apesar da falta de acesso à internet, amigos que também conseguiram entrar em contato com ele relataram que o engenheiro químico está bem.
Recém-graduado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Daniel Antunes chegou às Filipinas em 17 de outubro para fazer um estágio internacional de meio ano em uma fábrica de processamento de cobre.
Entre a chegada do tufão às Filipinas (na sexta-feira passada) e a confirmação de que Daniel estava vivo, no domingo, se passaram horas de enorme angústia para a família. "No domingo se reuniu todo mundo aqui na sala de estar. Numa hora dessas a gente se desespera. Estávamos orando e pedindo pra Deus pela vida do Daniel. Foi um grande alívio quando ele telefonou para o pai dele e disse que estava bem", contou Vita Christoffel mais cedo, à "BBC Brasil".
Também em entrevista ao mesmo portal, o pai dele, Marcelo Antunes, disse que o filho contou ter escapado do pior. "Ele falou comigo no domingo para dizer que estava vivo e depois na segunda, de novo. Eu achei a voz dele boa e estou tranquilo", disse. Daniel conseguiu se comunicar com o pai por meio de celulares emprestados. Ele não pôde falar muito, pois a bateria estava acabando e não havia como carregar os aparelhos, já que a energia ainda não foi restabelecida na região. Em alguns lugares há geradores, mas a rede de telefonia também está instável, disse Daniel à família. O engenheiro estaria passando bem graças à ajuda da companhia para a qual trabalha, que tem levado alimentos e água. Ainda segundo familiares, ele não teria intenção imediata de retornar ao Brasil. "Desde que entrou na faculdade, ele sonhava com isso (um estágio internacional). Ele deu aulas de inglês, economizou dinheiro e estudou para ter boas notas e conseguir a indicação. Conhecendo o meu filho, ele não volta", avalia a mãe.
Diário do Nordeste
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