16/11/2013

Dente gigante identifica enorme ornitorrinco extinto na Austrália

Por Pauline Aski
Graças a um dente antigo e grande, uma universitária australiana preencheu uma lacuna evolucionária com a descoberta de um ornitorrinco carnívoro gigante, que se tornou extinto há pelo menos 5 milhões de anos.
Antes da descoberta, registros fósseis sugeriam apenas que uma espécie de ornitorrinco tinha habitado a Terra em determinada época, com as criaturas tornando-se cada vez menores e o tamanho de seus dentes diminuindo com o tempo.
"Uma nova espécie de ornitorrinco, mesmo que seja bastante incompleta, é uma ajuda muito importante no aperfeiçoamento da compreensão desses mamíferos fascinantes", disse a estudante de paleontologia Rebecca Pian em comunicado.
Rebecca trabalhava em um conjunto de depósitos fósseis da Área de Patrimônio Mundial Riversleigh, no norte da Austrália, quando descobriu a espécie através de um dente gigante muito distinto. Os detalhes serão publicados este mês no Journal of Vertebrate Palaeontology.
Com base no tamanho do dente, a espécie extinta tinha cerca de um metro de comprimento, quase três vezes os 38 centímetros de comprimento de um ornitorrinco moderno.
Chamado de "Obdurodon tharalkooschild", foi identificado em um depósito que ainda não foi datado, mas que provavelmente tem entre 5 milhões e 15 milhões de anos de idade. "Rebecca foi a primeira a perceber que havia um monstro oculto entre os fósseis normais de ornitorrinco", disse à Reuters o professor Mike Archer, da Universidade de Nova Gales do Sul.
"Esse era um animal muito perigoso. Se as pessoas estivessem presentes nesta época, iriam querer ver cartazes colocados nas piscinas dizendo: ?Não nade aqui: gigantesco e monstruoso ornitorrinco comedor de humanos".
Embora os mamíferos peludos com bicos em forma de pato deem uma impressão fofa e bonitinha, os ornitorrincos machos têm um esporão nas patas traseiras que injetam um veneno potente.
Atualmente os ornitorrincos habitam o leste da Austrália, incluindo a Tasmânia, mas o "Obdurodon tharalkooschild" habitava a América do Sul, a Antártica, e o norte e o centro da Austrália.
O trabalho que será publicado na próxima semana tem coautoria de Pian, Archer e da professora Suzanne Hand, da Universidade de Nova Gales do Sul.
Reuters

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