21/11/2013

Jacques Maritain e o Concílio Vaticano II é tema de Simpósio em Roma


Ao final dos trabalhos do Concílio Vaticano II, em 7 de dezembro de 1965, o Papa Paulo VI entregou a Jacques Maritain, na escada da Basílica de São Pedro, uma mensagem endereçada “aos homens do pensamento e da ciência” do mundo, agradecendo a eles pelo trabalho desenvolvido no serviço à Igreja com estas palavras: “A Igreja vos é agradecida pelo trabalho de toda vossa vida”.

Por ocasião do 50º aniversário de abertura do Concílio II, o Instituto Internacional Jacques Maritain e a Pontifícia Universidade Salesiana, promovem no dia 5 de dezembro uma reflexão sobre a influência que o filósofo francês exerceu no desenvolvimento dos temas conciliares de maneira geral e de alguns em particular: a liberdade religiosa, o diálogo inter-religioso, a condenação do anti-semitismo, o papel do laicato cristão na sociedade e a abertura da Igreja ao mundo. O Papa Paulo VI, que tinha grande estima pelo amigo filósofo francês, o consultou em diversas ocasiões sobre questões mais delicadas.

É conhecida a influência que a obra de Maritain (entre 1945 e 1948 Embaixador da França em Roma junto à Santa Sé) teve sobre o laicato católico italiano, em particular durante a Constituinte. O Simpósio, no entanto, pretende medir sobretudo a sua influência nos documentos conciliares e a opinião pública italiana.

O projeto teológico-cultural do Concílio não é muito distante daquele que Maritain havia desenvolvido, ao menos a partir da sua célebre obra “Humanismo integral”, de 1936, e após, durante os escritos de guerra no exílio. 

O Simpósio a ser realizado na Universidade Salesiana, em Roma, será aberto pelo Presidente Emérito do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Paul Poupard, com uma conferência intitulada “O projeto teológico-filosófico de Jacques Maritain e o Concílio Vaticano II”.

Seguirão as conferências de Philippe Chenaux (“Maritain, João XXIII e Paulo VI”), Giovanni Turbanti (“Maritain-Journet e a Gaudium et Spes”); Dom Agostino Marchetto e Roberto Papini (“J. Maritain e a Dignitatis Humanae”); Piero Doria (“Maritain e a Nostra Aetate”); Piero Viotto (“As referências a Maritain nos escritos de Paulo VI relativos ao Concílio”); Franco Miano (“Maritain e o papel do laicato na sociedade e na Igreja) e Michel Foucade (A influência de Maritain no Magistério pós-Concílio). (JE)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/11/20/jacques_maritain_e_o_conc%C3%ADlio_vaticano_ii_%C3%A9_tema_de_simp%C3%B3sio_em_roma/bra-748388
do site da Rádio Vaticano 

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