Quais são as idéias fortes contidas nesse escrito papal? Ele quer estimular os católicos, que a tarefa de evangelizar – que é de todos e não só do clero – seja uma tarefa otimista e alegre. Por quê? É que o amor do Pai Celeste vai ao encontro de todos. E a missão da Igreja é ser companheira dos homens nessa busca de Deus. Garantidamente essa é uma tarefa conjunta, e não pode estar imbuída de tristeza individualista. Como que apresentando um modo ideal de evangelizar, apresenta as comunidades da América Latina, otimistas e abertas, que se reúnem para aplicar à vida os ensinamentos de Cristo.
O Papa Francisco quer que as igrejas – dentro da possibilidade local – estejam de portas abertas para acolher os que desejam frequentá-las. Essa abertura é simbólica, pois sinaliza para uma Igreja que deve conceder os sacramentos para todos os que estiverem aptos a recebê-los. A preocupação não deve carregar demais sobre a excelência das liturgias. Nem deve só prestar atenção à reta doutrina, ou ao prestígio da Igreja. Sua grande meta devem ser as famílias, os empobrecidos, os que buscam a Deus. Para isso tudo é necessário, não só nosso empenho, mas a doação decidida de nós mesmos.” Os discípulos partiram e pregaram por toda a parte” (Mc. 16, 20). Mas com alegria, acrescentaria o Papa.
Dom Aloísio Roque Oppermann scj – Arcebispo Emérito de Uberaba, MG.
Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/12/10/uma_conversa_de_pai/bra-754372
do site da Rádio Vaticano
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