As 13 irmãs e três de suas auxiliares que haviam sido sequestradas pelos rebeldes sírios no dia 3 de dezembro de 2013 foram libertadas. Elas residiam na pequena cidade de Laaloula, situada num bairro de cristãos do norte da cidade de Damasco. Depois de longas negociações, levadas a cabo por alguns mediadores, eram esperadas em Ersal, no Líbano, desde o começo de março, mas foram liberadas somente no dia 9, segundo a informação da Agência Nacional de Informação (ANI). Elas pertencem à igreja greco-ortodoxa.
O governo sírio liberou 150 prisioneiros em troca
As irmãs tinham sido forçadas a abandonar o convento onde se dedicavam a dar assistência às crianças e foram levadas para lugar desconhecido. Nessa época o arcebispo de Damasco tinha feito um apelo para que fossem liberadas. E o arcebispo Siro-libanês, dom Louka al Khouri, saudou com alegria a liberação das religiosas, dirigindo-se à imprensa, dizendo: «o que os soldados do Líbano realizaram em Yabroud possibilitou a realização desse acontecimento».
Em estado de extremo cansaço
Pouco depois de terem sido sequestradas, os rebeldes sequestradores tinham comunicado que elas simplesmente tinha sido «convidadas» a deixar o convento e que a libertação não iria demorar muito. Segundo o Observatório sírio de direitos humanos (OSDH que está em sintonia com a oposição, os sequestradores pertenciam ao grupo Frente de Nosra, aliado à Al-Qaeda).
Maaloula, situada 55 km ao norte de Damasco, é uma pequena cidade de maioria cristã onde há um grande número de igrejas que ainda falam a língua de Jesus. Esse lugar cristão remonta aos primeiros séculos do cristianismo.
Segundo um jornalista da Agência France-Presse que viu as irmãs depois da liberação, elas se apresentavam extremamente cansadas. Duas delas tiveram que ser retiradas da viatura que as transferia.
Segundo um jornalista da Agência France-Presse que viu as irmãs depois da liberação, elas se apresentavam extremamente cansadas. Duas delas tiveram que ser retiradas da viatura que as transferia.
A minoria cristã cercada pela guerra civil
«Agradecemos ao nosso presidente Bachar al-Assad por ter feito a negociação junto com o emir do Qatar (Tamim Bin Hamad al-Thani», disse a superiora das irmãs fazendo menção também ao mediador Abbas Ibrahim diretor da segurança libanesa.
A minoria cristã da Síria está sempre sob perigo. Ainda não temos informações sobre os dois bispos sequestrados em Alepo, dom Boulos Yazigi (greco-ortodoxo) e dom Yohanna Ibrahim (sírio ortodoxo), sequestrados no dia 22 de abril de 2013 junto com o padre Paolo Dall'Oglio, jesuíta que desapareceu em agosto de 2013 quando viajava para Rakka para negociar a libertação de cidadãos sírios e estrangeiros.
Fonte: www.la-croix.com
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