A Igreja Católica inicia hoje, com o Domingo de Ramos, a celebração da Semana Santa, os momentos centrais do ano litúrgico que, em muitas cidades do país levam à evocação carregada de realismo dos momentos da Paixão de Jesus.
A celebração dos últimos dias da vida de Cristo começa pela sua entrada messiânica em Jerusalém.
Duas celebrações marcam a Quinta-Feira Santa: a Missa Crismal e a Missa da Ceia do Senhor.
Antigamente, na manhã deste dia celebrava-se o rito da reconciliação dos penitentes, a quem tinha sido imposto o cilício em Quarta-feira de Cinzas.
A manhã foi preenchida pela Missa Crismal, que reúne em torno do bispo o clero da Diocese, na qual são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o santo óleo do crisma.
Com a Missa vespertina da Ceia do Senhor tem início o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor: é comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés).
No final da Missa, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os altares.
Na Sexta-feira Santa não se celebra a missa, tendo lugar a celebração da morte do Senhor, com a adoração da cruz; 0 silêncio, o jejum e a oração marcam este dia.
O Sábado Santo é dia alitúrgico: a Igreja debruça-se, no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro do Senhor e a única celebração primitiva parece ter sido o jejum.
A Vigília Pascal é a “mãe de todas as celebrações” da Igreja, evocando a Ressurreição de Cristo.
Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das promessas do Batismo, por fim, a liturgia Eucarística.
D. José Cordeiro, consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (organismo da Santa Sé), sublinha em texto publicado no Semanário Agência ECCLESIA que “os primeiros testemunhos da celebração anual da Páscoa remontam à metade do século II e situam-se nas Igrejas da Ásia Menor”.
O bispo de Bragança-Miranda destaca que já no século VII se conhecia uma “estrutura ritual da Vigília Pascal constituída por três elementos fundamentais: a Palavra, o Batismo e a celebração eucarística”.
OC
Agência Ecclesia
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