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Outra novidade da campanha é a criação do disque denúncia exclusivo para crimes ambientais
A Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro lançou hoje (15) campanha de conscientização sobre os problemas que os balões podem causar. A prática é crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais [ Art. 42: Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano], por causar graves incêndios florestais e apresentar risco de acidentes para a população.
A novidade da campanha, que existe há 15 anos, é a criação do disque denúncia exclusivo para crimes ambientais. De acordo com o coronel José Maurício Padrone, coordenador de Combate a Crimes Ambientais da secretaria, também será oferecida, pela primeira vez, recompensa em dinheiro.
"Os atendentes do disque denúncia não tinham muita sensibilidade para tratar com crimes ambientais, porque é diferente receber a denúncia de um crime ambiental da de um crime comum", disse o coronel. Segundo ele, os atendentes foram qualificados e conseguiu-se um telefone próprio para o serviço. "Este ano, está havendo incentivo, por meio do oferecimento de recompensa em dinheiro, para quem fornecer denúncias que levem à apreensão de balões ou identificação de baloeiros." A recompensa vai variar de R$ 300 a R$ 2 mil.
No ano passado, foram registradas 252 denúncias desse tipo de crime, menos do que em 2012, quando houve 375 registros. De acordo com Padrone, a maioria das denúncias leva aos baloeiros e a expectativa é que este ano o número aumente, por causa do prêmio. Para o coronel, a população, em geral, tem consciência dos problemas que os balões podem causar.
"É uma coincidência trágica, a época em que eles soltam os balões, é justamente aquela em que o ar está mais seco. São os meses de maio, junho, julho, quando ocorre a estiagem. Tempo seco, sem chuva, facilita a propagação de incêndios florestais", explicou o coronel.
Padrone ressaltou que, na maioria das vezes, o balão cai em local de difícil acesso, o que eleva o custo do combate aos incêndios florestais. "Em janeiro, houve um grande incêndio no Parque Estadual da Serra da Tiririca, entre Niterói e Maricá, e os nossos fiscais de campo descobriram uma bucha de balão. Então, ficou caracterizado que o incêndio foi provocado por balão. Ficamos uma semana para apagar esse incêndio, com o uso de aeronave dos bombeiros e da Polícia Militar."
Nesse caso, o responsável foi identificado e responde a inquérito na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. A campanha para combater a soltura de balões começa antes do feriado de São Jorge, comemorado no próximo dia 23, e vai até 15 de setembro. O número do Linha Verde funciona é 0300 253-1177, e pode receber denúncias de todo o estado do Rio de Janeiro.
Agência Brasil
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