O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, fez uma avaliação sombria depois que ao menos duas pessoas morreram no domingo, quando Kiev tentou sem sucesso recuperar o controle da cidade de Slaviansk, a cerca de 150 quilômetros da fronteira russa.
A Rússia declarou nesta terça-feira (15) que a Ucrânia está à beira da guerra civil, enquanto Kiev disse que lançou uma "operação antiterrorista" contra os separatistas pró-Moscou, com tropas e veículos blindados posicionados em uma cidade do leste.
Vinte e quatro horas depois de expirar um ultimato ucraniano para os rebeldes entregarem as armas, testemunhas ainda não tinham visto sinais de que as forças de Kiev estavam prestes a invadir prédios públicos no leste ocupados por militantes armados pró-Rússia.
O presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, afirmou que a operação havia começado na região de Donetsk.
O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, fez uma avaliação sombria depois que ao menos duas pessoas morreram no domingo, quando Kiev tentou sem sucesso recuperar o controle da cidade de Slaviansk, a cerca de 150 quilômetros da fronteira russa.
"Sangue foi derramado mais uma vez na Ucrânia. O país está à beira de uma guerra civil", disse Medvedev em sua página no Facebook.
Turchinov disse que a ofensiva, que ele anunciou pela primeira vez no domingo, estava finalmente a caminho.
"A operação antiterrorista começou durante a noite, no norte da região de Donetsk, mas será realizada em etapas, de forma responsável, de uma forma considerada. Eu saliento mais uma vez: o objetivo dessas operações é defender os cidadãos da Ucrânia", disse ele ao Parlamento.
Ao menos 15 veículos blindados exibindo bandeiras ucranianas estavam estacionados a 50 quilômetros ao norte de Slaviansk, disseram testemunhas.
Tropas ucranianas vestindo roupas camufladas e armadas com armas automáticas e lança-granadas estavam estacionadas nas proximidades, com um helicóptero e vários ônibus com pessoas do Ministério da Justiça.
Em Slaviansk, onde separatistas tomaram a sede da polícia e do serviço de segurança do Estado, um correspondente da Reuters não ouviu disparos ou explosões.
"A noite passou rapidamente, graças a Deus. Houve muitos boatos de violência, mas tem sido bastante tranquilo aqui. Estamos no controle", disse um civil nas barricadas de fora da delegacia, que se identificou como Rustam.
Em Kiev, um candidato pró-Rússia radical na disputa das eleições presidenciais da Ucrânia programadas para o próximo mês foi espancado por uma multidão enfurecida.
Reuters
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