12/07/2014

Teste rápido para malária é oferecido em BH

É muito importante que as pessoas façam uma consulta prévia antes de realizar o exame.
O resultado do teste rápido fica pronto em 15 a 30 minutos.
Detectar a doença precocemente, auxiliar o médico no diagnóstico para que ela seja tratada da melhor forma e reduzir o risco de morte. Este é o objetivo do teste rápido para malária, que foi disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte por meio do Serviço de Atenção à Saúde do Viajante desde o dia 12 de junho.

Para o médico infectologista e responsável técnico do Serviço de Atenção à Saúde do Viajante, Argus Leão Araújo, é muito importante que as pessoas façam uma consulta prévia antes de realizar o exame. “No atendimento de um caso suspeito de malária é preciso que as pessoas entrem em contato com o Serviço de Atenção à Saúde do Viajante para marcar a consulta e a partir daí darmos o devido encaminhamento”, explica. Na unidade há um consultório onde são realizados atendimentos, agendados previamente pelos telefones 3246-5026 e 3277-5300. O contato também pode ser realizado pelo e-mail saúde.viajante@pbh.gov.br.

Conforme o médico infectologista, o resultado do teste rápido fica pronto em 15 a 30 minutos. Simultaneamente deve ser colhido outro exame chamado Gota Espessa (que determina a espécie parasitária causadora da doença e a carga parasitária), o padrão ouro para o diagnóstico de malária: seu resultado é liberado pela FUNED (Fundação Ezequiel Dias) em até 24h a partir do momento em que a amostra é recebida. Em algumas situações, o próprio paciente é encaminhado para realização da Gota Espessa na UFMG. A realização deste exame é de suma importância, pois existem vários esquemas terapêuticos disponíveis, que dependem de informações não fornecidas pelo exame do teste rápido. A diferença entre os dois, além do tempo, é que no teste rápido se dá uma picadinha no dedo, de onde se tira o sangue e no Gota Espessa o sangue é extraído diretamente da veia, como em um exame convencional realizado em laboratório.

A malária é uma doença comum nos países de clima tropical e subtropical. Também conhecida por outros nomes, como febre terçã e quartã, a doença tem como vetor o anofelino (gênero Anopheles), mosquito parecido com o pernilongo que pica as pessoas, principalmente ao entardecer, à noite e ao amanhecer. Geralmente, a fêmea do mosquito ataca porque precisa de sangue para cultivar e colocar os ovos. Após picar alguém infectado, o parasita se desenvolve no mosquito e este transmite a doença pela saliva ao sugar o sangue da vítima. A transmissão da malária também pode ocorrer por transfusão de sangue contaminado, através da placenta para o feto e por meio de seringas infectadas.

Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e suor abundante, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Dependendo do tipo da doença, esses sintomas se repetem a cada dois ou três dias, mas também podem se dar de maneira contínua. Existem tratamentos padronizados pelo Ministério da Saúde, via oral, intramuscular ou endovenosa, a depender da gravidade de cada caso.

A Amazônia legal é a região do Brasil onde ocorrem 98% dos casos de malária. Além dela, toda a África abaixo do deserto do Saara, o sudeste asiático e alguns países da América Central e do Sul são considerados regiões endêmicas da doença. O números de casos confirmados em Belo Horizonte gira em torno de 60 por ano, metade deles em moradores do município.
PBH

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