Francisco ressaltou que o homem não faz seu caminho sozinho, pois Deus optou por caminhar com ele ao longo da história
Da Redação, com Rádio Vaticano
“Olhando para a história de Maria, perguntemos se deixamos que Deus caminhe conosco”. Esta foi a reflexão proposta pelo Papa Francisco na Missa desta segunda-feira, 8, na Casa Santa Marta, no dia em que a Igreja celebra a Natividade de Nossa Senhora. O Pontífice destacou que Deus está nas coisas grandes, mas também nas pequenas e tem paciência de caminhar com o ser humano, mesmo se este é pecador.
Na homilia, Francisco falou da Criação e do caminho que Deus faz com o homem na história. Ao ler o livro do Gênesis, há o perigo de pensar em Deus como um “mágico” que fazia as coisas com uma “varinha mágica”. Porém, advertiu o Papa, não foi assim, pois Deus fez as coisas e as deixou andar conforme leis internas; deu ao universo autonomia, mas não independência.
“Porque Deus não é um mágico, é criador! Quando, no sexto dia, daquela história, chega à criação do homem dá uma outra autonomia, um pouco diversa, mas não independente: uma autonomia que é a liberdade. E diz ao homem para seguir adiante na história, faz dele o responsável pela criação, também para que a levasse adiante e, assim, chegasse à plenitude dos tempos. E qual era a plenitude dos tempos? Aquilo que Ele tinha no coração: a chegada do seu Filho”.
Deus predestinou todos a serem conforme a imagem do seu Filho e este é o caminho da humanidade, explicou o Santo Padre. Ele dirigiu o pensamento, então, para o Evangelho do dia, que fala da genealogia de Jesus. Trata-se de um elenco que conta com santos e pecadores, mas de toda forma a história segue adiante porque Deus quis que os homens fossem livres. Quando o homem usou mal a sua liberdade, Deus o expulsou do Paraíso, mas fez uma promessa e, com isso, o homem pôde sair do Paraíso com esperança.
“O homem não faz seu caminho sozinho: Deus caminha com ele. Porque Deus fez uma opção: optou pelo tempo, não pelo momento. É o Deus do tempo, é o Deus da história, é o Deus que caminha com os seus filhos, caminha com justos e pecadores”.
Ao mesmo tempo em que é grande, Deus está também nas coisas pequenas e caminha com cada um com paciência, disse Francisco. E assim, chega-se a Maria, pequena, santa, escolhida para se tornar a Mãe de Deus.
“Hoje podemos olhar para Nossa Senhora e nos perguntarmos: ‘Como eu caminho na minha história? Deixo que Deus caminhe comigo ou quero caminhar sozinho? Deixo que Ele me ajude, me perdoe, me leve adiante para chegar ao encontro com Jesus Cristo?’ Este será o fim do nosso caminho: encontramo-nos com o Senhor. (…) E assim podemos louvar o Senhor e pedir humildemente que nos dê a paz, aquela paz do coração que somente Ele pode nos dar, que somente nos dá quando deixamos que Ele caminhe conosco”.
Canção Nova
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