Morreu na noite desta quinta-feira (2) o artista plástico cearense Nilo
de Brito Firmeza, conhecido como Estrigas, aos 95 anos. Ele lutava
contra o câncer e morreu em consequência da doença. O artista deve ser
velado e sepultado nesta sexta-feira (3). Em 2010, Estrigas homenageado
pelo Sistema Verdes Mares com o troféu Sereia de Ouro, dado aos cearense
que colaboram com o desenvolvimento do estado.
O primeiro apelido do artista foi “Estriguine” – nome do artista de um
circo que visitou Fortaleza -; só depois se tornou Estrigas. Nasceu no
dia 19 de setembro, na Rua Barão do Rio Branco, no Centro da capital
cearense. O filho do seu Hermenegildo Brito Firmeza e da dona Bárbara
Brito Firmeza fez o Curso de Alfabetização no Colégio Santa Cecília e o
primário, no Educandário Cearense.
Depois, estudou no Liceu do Ceará e concluiu o Curso de Odontologia na
Escola de Farmácia e Odontologia do Ceará. Antes de se dedicar às artes,
Estrigas trabalhou no gabinete odontológico da Guarda Civil e foi
nomeado dentista do Estado. Mas o amor pela arte sempre o animou. Fez o
Curso de Desenho e Pintura da Sociedade Cearense de Artes Plásticas. A
grande companheira de sua vida também é artista plástica: a querida
Nice.
Quando o pai morreu, o casal deixou o Centro da cidade para ir morar no
sítio da família em Mondubim. Sempre esteve presente no movimento
artístico local e nacional, tendo sido consagrado como vencedor de
diversas exposições. Foi presença marcante em salões de artes, no Ceará,
no Nordeste, em São Paulo, até chegar ao Uruguai. Suas obras figuram em
acervos de museus de arte e coleções particulares espalhados por todo o
Brasil.
Já recebeu muitas homenagens, como a Medalha Boticário Ferreira, da
Câmara Municipal de Fortaleza. Além de ter nome denominando salas de
museu e galeria.
Estrigas possui vários livros publicados, entre eles “Arte – aspectos
pré-históricos no Ceará”, “Artes Plásticas no Ceará” e “Salão de Abril –
história e personagens”. Também teve participação em outros livros, ao
lado de vários autores. Fez ilustrações para obras literárias. Fundou em
1969, ao lado da esposa Nice, o Minimuseu Firmeza, localizado no sítio
onde morava, no Mondubim.
O acervo conta a história das artes no Ceará através de uma série de
documentos. São mais de 600 peças, entre pinturas, reproduções,
esculturas, catálogos, livros, recortes de jornais, que Estrigas e Nice
preservaram com todo carinho de gente simples e de muito talento, como
são os grandes artistas. Uma história de vida que se confunde com a
arte.
fonte: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2014/10/morre-o-artista-plastico-cearense-estrigas-aos-95-anos.html
Nenhum comentário :
Postar um comentário