ONG reuniu falas de 40 garotas, incluindo uma brasileira, em vídeo viral.
Juntas, elas repetem discurso que Malala fez nas Nações Unidas.
A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, premiada com o Nobel da Paz deste ano, recebeu uma homenagem que viralizou na web neste mês. Conhecida mundialmente após ser atacada em 2012 por integrantes do Talibã, ao defender que meninas possam ir à escola, Malala teve um discurso seu proferido nas Nações Unidas lido por 40 meninas de 12 países em vídeos que já tiveram dezenas de milhares de visualizações na internet.
A versão em inglês, publicada no dia 4, já tinha sido vista quase 55 mil vezes até a noite desta quinta-feira (11). No dia 8, a Plan Brasil publicou, em seu canal, uma versão legendada em português, que foi vista mais de 30 mil vezes em menos de quatro dias. No Facebook, a edição em português foi compartilhada por mais de 6 mil pessoas.
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O vídeo é parte da campanha “Por ser menina”, que defende a escolarização de meninas em todo o mundo. Os trechos narrados pelas meninas fazem parte de um discurso proferido por Malala na Assembleia da Juventude das Nações Unidas no dia 12 de julho de 2013, data do seu aniversário de 16 anos e marcado como o “Dia da Malala” na ONU.
Em sua fala, a adolescente afirmou que livros e canetas são a arma mais poderosa para dar “igualdade de oportunidade” a todas as crianças do mundo, além de combater o analfabetismo, a pobreza e o terrorismo.
Segundo a Plan International, o vídeo foi produzido no Paquistão, Bangladesh, Camboja, Nicarágua, Guatemala, Paraguai, Etiópia, Zâmbia, Ruanda, Brasil, El Salvador e nas Filipinas. No Brasil, de acordo com a Plan Brasil, a jovem escolhida para dar voz ao discurso de Malala se chama Yolanda e mora no Capão Redondo, na periferia da Zona Sul de São Paulo.
Leia a seguir a adaptação do discurso de Malala que foi repetida pelas 40 meninas no vídeo:
“Queridos amigos, em 9 de outubro de 2012, o Talibã atirou no lado esquerdo da minha testa. Eles atiraram em minhas amigas também. Pensaram que as balas nos silenciariam, mas eles falharam. No lugar do silêncio, vieram milhares de vozes.
Então, aqui estou. Aqui estou. Uma menina. Entre muitas. Eu falo, não por mim, mas para que as que não têm voz possam ser ouvidas. Aquelas que lutaram por seus direitos. Seu direito de viverem em paz. Seu direito de serem tratadas com dignidade. Seu direito à igualdade de oportunidades. Seu direito à educação.
Nós percebemos a importância da luz quando vemos a escuridão. Nós percebemos a importância da nossa voz quando somos silenciadas.
Hoje, estou focada nos direitos das mulheres e na educação das meninas porque elas são as que mais sofrem. Pedimos a todos os governos que garantam educação gratuita e obrigatória em todo o mundo para todas as crianças. Não podemos triunfar enquanto metade de nós está sendo impedida. Pedimos a nossas irmãs ao redor do mundo que sejam valentes. Para abraçarem a força dentro delas e se darem conta de seu pleno potencial. Se quisermos alcançar nosso objetivo, então temos que nos fortalecer com a arma do conhecimento, e temos que nos proteger com unidade e união.
Por isso, vamos travar uma batalha gloriosa contra o analfabetismo, a pobreza e o terrorismo. Vamos pegar nossos livros e nossas canetas. Estas são nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A educação é a única solução. Obrigada.
“
http://goo.gl/4ni5qK
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