- DOMINGO, 19 ABRIL 2015 17:33
- CNBB
Dom Geraldo também falou aos bispos sobre a simplicidade. Disse que é outra lição que a Igreja deve lembrar e que não pode afastar-se. “Às vezes, perdemos aqueles que não nos entendem, porque desaprendemos a simplicidade, inclusive importando de fora uma racionalidade alheia ao nosso povo. Sem a gramática da simplicidade, a Igreja se priva das condições que tornam possível ‘pescar’ Deus nas águas profundas do seu Mistério”, disse.
Ao recordar o episódio de Emaús, o arcebispo de Mariana ressaltou que hoje há muitos que são como os dois discípulos. “E não apenas aqueles que buscam respostas nos novos e difusos grupos religiosos, mas também aqueles que parecem já viver sem Deus tanto em teoria como na prática”, acrescentou. Segundo dom Geraldo, “faz falta uma Igreja que não tenha medo de entrar na noite deles (…) capaz de encontrá-los no seu caminho”. Para o arcebispo, a Igreja precisa dialogar “com aqueles discípulos, que, fugindo de Jerusalém, vagam sem meta, sozinhos, com o seu próprio desencanto, com a desilusão de um cristianismo considerado hoje um terreno estéril, infecundo, incapaz de gerar sentido”.
Vocação à Santidade
O orientador do retiro falou, ainda, sobre a vocação à santidade. “A santidade do bispo terá de ser sempre vivida com o povo e para o povo, numa comunhão que se torne estímulo e mútua edificação na caridade”, disse. Conforme o arcebispo, no tempo atual marcado pelo “fazer por fazer”, o bispo deve ser o primeiro a mostrar, com o exemplo da sua via, que é preciso restabelecer o primado do ‘ser’ sobre o ‘fazer’”.
Ao final, exortou aos bispos para que “desempenhem o próprio ministério santamente e com alegria, com humildade e fortaleza” e para que, ao realizarem a tarefa da caridade pastoral, “suscitem na Igreja, também com o seu exemplo, uma santidade cada vez maior”.
http://www.paroquiasantoafonso.org.br/?p=12223
Nenhum comentário :
Postar um comentário